CORES aprova espaço físico e modelo de gestão do Banco Social da construção civil

A primeira reunião do Conselho Temático de Responsabilidade Social da FIEC (Cores) do ano deu o aval para a implantação do projeto piloto do primeiro Banco Social com o apoio da indústria no Ceará, ao moldes das experiências conduzidas pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul. O Banco contemplará o setor da construção civil e funcionará no SENAI Maracanaú. Além de aprovar o espaço físico, o Conselho aprovou o modelo de associação para administrar o Banco. A expectativa é que a iniciativa esteja funcionando até o meio do ano de 2017 e abrirá as portas no SENAI Maracanaú em espaço onde funcionou a Cozinha Industrial do SESI.

As decisões do Conselho foram tomadas após o relato dos conselheiros que visitaram em dezembro o projeto "Bancos Sociais" no Rio Grande do Sul, com o objetivo de verificar experiências que possam ser replicadas no Ceará. Por lá, existem 10 bancos instalados, que atuam como gerenciadores de arrecadação e distribuição de doações de excedentes de indústrias de variados segmentos. Cada banco busca identificar a demanda da população carente e entrelaçá-la com o setor empresarial que gera o excedente industrial correspondente àquela demanda.

O SENAI Ceará será o braço técnico para implementação do piloto do primeiro Banco Social fora do Rio Grande do Sul. Após ver essa experiência no Sul, o gerente do SENAI Cetis, Tarcísio Bastos, apresentou aos conselheiros a proposta de bancos sociais para o Ceará com os passos para implantação.  Pelo Projeto, o Ceará poderá ter quatro bancos contemplando as áreas da construção civil, têxtil e vestuário, de livros e da computação. "É um modelo de gestão empresarial de sucesso sendo usado para responsabilidade social. O Banco não dá o peixe. Ensina a pesca por meio de uma cadeia produtiva do bem", reforça.

Em paralelo a reunião do Cores, o diretor Regional do SENAI Ceará, Paulo André Holanda, esteve com o presidente da FIEC, Beto Studart, que sugeriu que o primeiro banco social seja gerido por uma associação. "O Banco funcionará em espaço físico de 4.700 m² no SENAI Maracanaú. Vamos agora estruturar o projeto a partir da proposta apresentada. Para isso, o Cores vai agendar uma reunião para montar o projeto e estatuto", anunciou na reunião do CORES.

A implantação para o primeiro banco será uma parceria do Sistema FIEC, SENAI e Sinduscon. Durante a reunião do Conselho, a vice-presidente do Sinduscon, Paula Frota, que esteve na comitiva, afirmou que os cerca de 500 associados serão mobilizados para formar a cadeia de colaboradores do Banco. O setor foi o primeiro escolhido por ter participação forte na economia industrial no Estado. "Temos uma estrutura para acioná-los de um forma planejada e sistemática", assegura. “O lema do projeto é transformar desperdício em benefício social. Estou muito confiante que nós possamos fazer o mesmo aqui, pois precisamos responder às demandas de urgência da nossa sociedade”, afirmou Wânia  Dummar, presidente do Cores.

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