I Congresso de Educadores da Rede SESI Ceará tem início com palestra da filósofa Viviane Mosé

Teve início na tarde de ontem (5/1) o I Congresso de Educadores da Rede SESI Ceará, que reuniu mais de 200 pessoas, entre professores, coordenadores e equipe técnica do SESI, para falar sobre educação. A orquestra de formação SESI/UECE abriu o evento, que segue até amanhã (7/1).

O presidente da FIEC, Beto Studart, falou da importância de uma educação de qualidade para o crescimento do país: “Mais anos de estudo não tem impactado a capacidade do trabalhador para produzir de forma mais efetiva. Esse fato está atrelado à baixa qualidade da educação básica. Temos consciência de que não há sinais de reversão desse quadro nos próximos anos, o que indica que a indústria continuará a receber trabalhadores com baixa proficiência, a não ser que se imponha uma mudança no modo de ensinar e de aprender”.

Para o Superintendente do SESI Ceará, Cesar Augusto Ribeiro, a realização do Congresso proporciona a reflexão conjunta sobre os processos da área de educação da instituição. “Juntos podemos pensar como as ferramentas que temos implementado nos últimos dois anos, desde o início da gestão do presidente Beto Studart, podem agregar a educação. Como elas podem ser utilizadas, o que há de novo que ainda podemos trazer, o que podemos mudar, o que precisa ser ajustado? Então, trazer todos os pedagogos, o corpo docente, os coordenadores, e ainda pessoas de fora, com um olhar diferenciado, é um momento ideal para tirar proveito e fazer uma educação ainda melhor”, disse.

A professora e filósofa Viviane Mosé proferiu palestra de abertura com o tema “Educação e Desenvolvimento: para além da sala de aula”. Ela alertou para a necessidade de se pensar uma formação que prepare os alunos para os novos desafios que a contemporaneidade apresenta. “Os profissionais existem e têm títulos, mas eles não dão conta do desafio. O nosso profissional vem dos livros. Só que os desafios que a gente vive hoje, não só na indústria, não estão nos livros. É necessário formar cidadãos capazes de ler as combinações que agem hoje. Então, além dá formação técnica, é preciso ler as transformações, é preciso estar inserido no mundo”, afirmou.

Na sequência, foi realizada uma mesa de debate com o consultor do MEC, Genuíno Bordgnon, a gerente de Educação do SESI/BA, Clessia Lobo de Morais Machado, e a diretora de Desenvolvimento Organizacional do Grupo M Dias Branco, Andrea Nogueira. Os convidados discorreram sobre os desafios e perspectivas para educação em suas áreas de atuação e responderam às perguntas do público.

Dando continuidade à programação, na manhã desta sexta-feira (6/1), professores de outras instituições foram convidados para participar das salas temáticas e compartilhar suas vivências com os participantes do congresso. Houve também oficinas ministradas pelos próprios professores do SESI, uma delas conduzida pela professora de física Nyla Nynab sobre o ensino da física com o auxílio de simuladores. “Essa é uma maneira diferenciada de trabalhar em sala de aula. Já que a física é considerada pelo aluno como uma matéria difícil, essa é uma possibilidade dele perceber de maneira mais didática o que é demonstrado na lousa. Ter a oportunidade de mostrar essa vivência para os colegas é uma forma de incentivá-los a adotar essa prática com seus alunos”, destacou.

No período da tarde, foram feitas as apresentações dos trabalhos desenvolvidos diariamente pelos professores, ao mostrarem a prática pedagógica desenvolvida em sala de aula e o relatarem suas experiências. No fechamento da programação, apresentação teatral intitulada “Não confirmo e nem duvido”.

                                 

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