Asssembleia discute criação de fundo para revitalização da cadeia produtiva da carnaúba

A criação do Fundo Estadual de Revitalização da Cadeia Produtiva da Carnaúba foi discutida durante audiência pública realizada na tarde dea segunda-feira (25/05), no Complexo de Comissões Técnicas da Assembleia Legislativa. O debate foi promovido pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido da Casa e atendeu ao requerimento da deputada Augusta Brito (PCdoB). Segundo a parlamentar, por meio da audiência será possível fazer encaminhamentos que possam ajudar na preservação da carnaúba. A deputada destacou que a árvore é o símbolo do estado do Ceará e, por isso, merece atenção.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias Refinadoras de Cera de Carnaúba do Estado do Ceará (Sindicarnaúba), Edgar Gadelha, a ideia é revitalizar a cadeia, pois já existe uma câmera setorial da carnaúba na Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), onde é possível discutir os vários problemas, como fomento, financiamento, garantia de preço mínimo, qualidade, fornecimento e questões ambientais.

Segundo ele, "a audiência é importante, porque mostra que a Assembleia também quer participar desse assunto, que tem um caráter agregador muito grande. Nós temos problemas com as espécies invasoras, e temos que ter cuidado com a relação de trabalho porque o Ministério do Trabalho está sendo incisivo na fiscalização. A cera de carnaúba tem outros concorrentes no mercado internacional, por isso é preciso cuidado”, ponderou.

A questão econômica também foi destacada pelo vice-prefeito de Miraíma, Raimundo Ribeiro Sales. Segundo o gestor, a carnaúba garante renda para as pessoas no período do verão e, por conta da seca, tem sido uma das principais fontes de renda para o Estado. “Tem pessoas que recebem pelo serviço mesmo antes da produção”, enfatizou. Ainda segundo o vice-prefeito, o Governo do Estado, por meio dos órgãos competentes, não tem dado a atenção necessária ao setor. “Não temos atenção da Adagri (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará) ou qualquer outro setor. É preciso fazer alguma coisa antes que essa fonte de renda deixe de existir”, cobrou Raimundo Ribeiro.

A audiência foi presidida pela deputada Dra. Silvana (PMDB).  Também participaram do debate o deputado Manoel Duca (Pros); o prefeito de Moraújo, Jurandir Fontelles; o vereador de Moraújo Salustiano Aguiar (PSDB); o representante da Associação dos Municípios e Prefeitos do Estado do Ceará (Aprece), Nicolas Fabre; os representantes da Secretaria do Meio Ambiente e da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, Adriano Sales e Pedro Capibaribe - respectivamente; o assessor de oleaginosas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), Valdir Silva; o professor Antônio Marcos Esmeraldo; o presidente do Sindicato Rural de Moraújo, Elder Aguiar, e o vice-presidente regional da Federação da Agricultura do Estado do Ceará (FAEC), Ossian Dias.

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