[Discurso] Jorge Parente Frota Júnior

DISCURSO DO PRESIDENTE DA FIEC, DR. JORGE PARENTE FROTA JÚNIOR POR OCASIÃO DA SOLENIDADE COMEMORATIVA AO DIA DA INDÚSTRIA
AUDITÓRIO WALDYR DIOGO – FIEC
Fortaleza, 25.05.2001.

Senhoras e senhores, anunciamos a leitura da resolução da diretoria nº 003/2001, pelo Senhor 1º Diretor Administrativo Cláudio Targino.
A Federação das Indústrias do Estado do Ceara, gabinete da presidência, resolução 003/2001. A diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, FIEC, no uso de suas atribuições estatutárias e de conformidade com o Artigo 5º do regulamento da Medalha do Mérito Industrial, aprovado em assembléia geral e extraordinária do Conselho de representantes desta entidade, realizada no dia 16 de maio de 1974, resolve.
Tendo em vista a efetiva contribuição em favor da economia e da indústria cearense, conceder a Medalha do Mérito Industrial às seguintes personalidades: Senhora Iolanda Vidal Queiroz; Excelentíssimo Senhor Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Martus Antônio Rodrigues Tavares; Senhor Francisco Roberto André Gros, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES. Esta resolução entrará em vigor a partir desta, Fortaleza, 16 de maio de 2001. Assinam: Jorge Parente Frota, Presidente; Humberto Fontenele, 1º Vice-presidente; Manoel Cesário Filho, Vice-presidente; Ivan Rodrigues Bezerra, Crisanto Ferreira Almeida, Jorge Alberto Vieira Studart Gomes, Roberto Proença de Macedo, Vice-presidentes; Cláudio Sidrin Targino, 1º Diretor Administrativo; Aluísio da Silva Ramalho, 1º Diretor Tesoureiro; Luciano César Cabral Montenegro, 2º Secretario e Álvaro de Castro Corrêa, 2º Tesoureiro.
Senhoras e senhores, teremos agora a palavra do Presidente da FIEC, Doutor Jorge Parente Frota.
Excelentíssimo Senhor Doutor Tasso Ribeiro Jereissati, Governador do Estado do Ceará; Deputado Wellington Landim, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará; Desembargador Francisco Haroldo Rodrigues de Albuquerque, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará; Senador Lúcio Alcântara; Prefeito Juraci Vieira Magalhães; General da Divisão Paulo Roberto Laranjeiras Caldas, Comandante da 10ª Região Militar; meu prezado companheiro Fernando Cirino Gurgel, Diretor Tesoureiro da CNI, aqui representando a presidência daquela casa; Senhora Iolanda Vidal de Queiroz, Presidente do grupo empresarial Edson Queiroz; Ministro Martus Antônio Rodrigues Tavares, do Planejamento, Orçamento e Gestão; Doutor Francisco Roberto André Gros, Presidente do BNDES; senhores secretários de Estado, em nome do Doutor Ednilton Soarez, Secretário da Fazenda, eu saúdo os demais; senhores presidentes das entidades de classe, em nome de quem saúdo o meu companheiro Torres de Mello, Presidente da Federação de Agricultura; senhores deputados federais; senhores prefeitos; senhores empresários locais, na pessoa de quem saúdo o Sr. José Dias de Macedo; senhores empresários de outros estados, na pessoa de quem saúdo o empresário Paulo Skaff, Presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil; queria homenagear à todas as mulheres na pessoa da minha mãe, que com seus 80 anos está aqui presente, nesse mês de maio, que é também o mês das mães; senhores diretores da FIEC; presidentes de sindicatos e demais colaboradores do sistema FIEC; minhas senhoras e meus senhores. Anualmente, nós, ao realizarmos aqui nossa confraternização relativa ao Dia da Indústria, nós anunciamos também alguns resultados do setor industrial do Estado do Ceará, como também apresentamos as ações mais efetivas que o sistema FIEC tem desenvolvido para apoiar o nosso setor no Estado do Ceará. Aproveitamos também para manifestar o nosso reconhecimento àqueles que, de uma forma efetiva contribuíram para fortalecer o nosso setor industrial, concedendo-lhes a Medalha do Mérito Industrial. O desempenho no setor industrial do estado do Ceará, podemos reputar como excelente no ano passado, tivemos um crescimento de 8,5%, sendo o segundo maior índice registrado pelos estados brasileiros, perdemos apenas para o Rio Grande do Sul, porque aquele Estado teve a característica própria de inaugurar uma montadora da GM e uma montadora da GM, por si só, diferencia tudo. Então, o número do Ceará foi bastante significativo, representando cerca de 33,% acima da média brasileira, que foi de 6,3%, significando quase o dobro do crescimento do PIB brasileiro. Esse número foi influenciado também pelo grande aumento que nós tivemos nas exportações do Ceará, que após um período de cinco anos de estabilidade, teve um crescimento que atingiu 33,4%. Aí sim, foi o maior índice registrado na economia brasileira, tanto é que a média do crescimento das exportações brasileiras chegou a 17% apenas, eu digo apenas comparando com os nossos 33, porque um crescimento de 17% também é um crescimento expressivo. Esse desempenho na nossa economia industrial teve suporte em alguns elementos e eu gostaria de sintetizar os principais aqui. Em primeiro lugar, somos, de fato, um Estado pobre. Temos pouca poupança e, para alavancar o nosso desenvolvimento, precisamos de financiamento, para complementar a pequena poupança cearense. E aí tivemos uma grande participação do sistema financeiro, onde pontifica o Banco do Nordeste, que detém mais de 75% das aplicações para o setor produtivo do Ceará, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica. Também tivemos a atuação da FIEC, apoiando as ações do setor industrial, que foram realmente significativas, como veremos adiante, quando eu fizer referência as ações da nossa casa. O fundamental para esse crescimento, nós reputamos que foi a política correta e as ações desenvolvidas pelo Governo do Estado do Ceará, por um lado, com a política de atração de investimentos focada nos incentivos fiscais, que por si só, hoje não fazem nenhuma diferença, porque os demais estados do Brasil estão promovendo incentivos fiscais semelhantes aos nossos. O que de fato fez a diferença do Ceará e tem feito, foi uma política de visão estratégica estabelecida pelo Governador Tasso Jereissati, de implantar uma infra-estrutura básica, que poderia fazer o que os economistas chamam de “sinergia de externalidade”, para que as indústrias venham a implantar-se nos estados, porque não somos um Estado rico em matérias primas e nem somos um Estado com um poder aquisitivo de uma população que permita a formação de um mercado consumidor expressivo. Somos apenas 4,7% da população brasileira e temos apenas 2,7% do PIB. Então o que fez a diferença fundamental, no entendimento da FIEC, foi essa política de infra-estrutura que foi implementada no Estado do Ceará, com uma visão estratégica. Essa política, representada por um aeroporto novo, por um porto moderno, que está para ser concluído, pelo programa de estradas, as estradas estaduais do Ceará são espetaculares, inclusive contrastando a situação ruim da malha rodoviária federal no nosso Estado, o programa de águas desenvolvido, com o apoio do BIRD, é um programa que nós temos certeza que a médio prazo, não vamos mais ter essa angústia em relação ao problema da chuva no ceará e o programa de atração de energia através, primeiro, do gasoduto do Guamoré, quando nós trouxemos para o Ceará o gás do Rio Grande do Norte, são ofertados hoje no Ceará cerca de 2.000.000 m³/dia de gás natural, que é o combustível mais moderno e menos poluente do mundo. E além disso, o Governo do Estado do Ceará já havia promovido o reforço da linha de Banabuiú, para garantir a energia elétrica desse suporte industrial e fez também, inaugurando no fim do ano passado, o linhão de Tucuruí, que nós entendíamos e ouvimos do Ministro Raimundo Brito, que era das Minas e Energia na época, como do Ministro Tourinho, que aquilo representaria uma garantia de suprimento de energia elétrica para o Ceará por cinco anos. Ao lado disso, tivemos esse crescimento muito bom, mas temos algumas ameaças a esse crescimento, as ameaças que a primeira que eu alinharia seria a não realização da reforma tributária, porque continuamos convivendo com o sistema tributário antigo, anacrônico, complexo, onde poucos pagam muito e muitos não pagam nada e a reforma tributária não sai, fica sempre para o ano seguinte. A política de juros que fez com que procurassem novamente as linhas de financiamento, que vinha numa linha descendente, voltou a ter uma linha ascendente nos últimos meses. A instabilidade cambial foi outro problema com o qual nós passamos a nos defrontar e, para completar, recentemente começamos a sofrer essa angústia e apreensão do racionamento de energia elétrica, não sabemos aonde vamos chegar e o setor industrial, todos sabem que a matéria prima básica é a energia. Então entendemos que, como estratégia de Governo, não podem faltar três coisas, comida, água e energia, infelizmente a energia está nessa dúvida que estamos enfrentando. Falando em estratégia, eu me lembro bem que no final de 1999, eu fui acompanhado do meu companheiro Fernando Cirino Gurgel realizar um curso de Estratégia no ISEAD, o Instituto Superior de Auto Estudo de Estratégia da França, em Fountainebleau, na França, e nós ouvimos o professor de Estratégia Dominique Eoul dizer que: - “estratégia, todos devem ter, em todas as fases da vida e em todos os setores está a estratégia”. Os indivíduos, as empresas, a família, as instituições e os governos, todos devem ter estratégia. Mas nos ensinou Dominique Eoul, naquela ocasião, que a estratégia de governo podia ser sintetizada em quatro palavras, “definir política e alocar recursos”, do ponto de vista governamental, estratégia seria definir política e alocar recursos. Então, eu entendo que, do ponto de vista do Estado do Ceará, o que nós acabamos de citar em relação a essa política de infra-estrutura, essa posição de estratégia citada por Dominique Eoul, de fato foi realizada. Infelizmente, do ponto de vista do Governo Federal, não houve esse posicionamento, mas não nos cabe, aqui, nos insurgir contra isso, temos que realizar ações e procurar saídas para minimizar os seus efeitos. Mas não é à toa, que com essa comparação que eu fiz muito rapidamente, nós temos ouvido com freqüência, o Fernando é testemunha disso, o Presidente da CNI e muitos presidentes de federações vivem a nos dizer que o que nós fizemos aqui, precisa ser feito no Brasil, porque esse modelo de Gestão do Ceará tem demonstrado que é eficiente e eficaz. Não é à toa que o Ceará tem representado essa referência até mesmo internacionalmente. Então nós esperamos que, de fato, tenhamos imprimido no Governo Federal essa linha de estratégia e essa visão colocada aqui no Ceará, que essa referência do Ceará seja estendida para o nosso país, para que tenhamos dias melhores, sem essas incertezas e angústias atuais em relação à energia elétrica. Em relação às ações da FIEC, eu poderia definir que nós temos procurado colocar a entidade nessa linha, uma linha reativa, pró-ativa e interativa, quer dizer, quando vem as coisas que nos afetam, nós reagimos, mas imediatamente apresentamos propostas e procuramos participar das soluções com essas propostas. Assim fizemos agora, com relação à extinção da SUDENE, onde nós apresentamos uma proposta efetiva de como deveria ser uma nova agência ou uma superintendência, enfim, que precisamos ter um organismo de desenvolvimento regional, que contemple as políticas macroeconômicas do país, articulada com a política dos estados, mas interagindo também com o setor produtivo, que é quem gera emprego e renda. Fizemos também uma contribuição em relação à energia elétrica, fomos a primeira entidade a apresentar proposta, a Câmara de Energia nos acena com a aprovação de parte da nossa idéia, que é a câmara de compensação de energia, a bolsa de energia, quer no setor industrial como um todo, quer intergrupos empresariais. A outra proposta da FIEC foi criar linhas especiais para financiar substituição de motores e aquisição de geradores, sem entrar na burocracia normal de financiamento bancário. Disse-me hoje o Presidente Francisco Gros, que isso não seria problema, que o BNDES já tem uma linha assim, é somente acionar e dinamizar essa linha. A outra proposta da FIEC, nós inclusive discutimos com o nosso Secretário da Fazenda, Dr. Ednilton Soarez, que também participa da Câmara, sobre a desoneração na importação de equipamentos de emergência, geradores de energia, para suprir a insuficiência através da geração hidrelétrica e também, que no uso desses geradores com o combustível que para ser acionado, seja o óleo diesel ou gás natural, a comparação de preço é maior, a geração termoelétrica é mais cara do que a geração hidrelétrica, que houvesse a compensação, com a desoneração do ICMS. Então, cabe-nos aqui um questionamento, por que o linhão de Tucuruí, que está pronto, não garante um suprimento de energia normal para o Ceará? Por que o gás natural que está vindo do Guamaré, com esse esforço extraordinário, ofertando 2.000.000 m³/dia, não tem ainda uma termoelétrica implantada? Porque faltou a definição da política de energia. Em relação às ações dos órgãos da FIEC, eu gostaria de sintetizar bem rápido, que o SENAI fez uma capacitação no ano 2000 de mais de 80.000 colaboradores do setor industrial do Ceará, nessa nova visão de que a capacitação é fundamental para a competitividade, projetamos uma meta para 2001 de 100.000 colaboradores, o SESI, Serviço Social da Indústria, nós estamos procurando dá uma conotação do SESI se tornar a marca da responsabilidade social, fizemos mais de 11.000.000 de atendimentos pelo SESI, isso representa quase 1.000.000 de ações por mês. Pontualmente, numa linha de procurar a responsabilidade social, apoiamos o problema das inundações ocorrido em Fortaleza e nos municípios vizinhos, uma coisa inusitada no nosso Estado, inundações aqui na periferia, nós apoiamos conjuntamente a Prefeitura de Fortaleza, a de Caucaia, a de Aquiraz, nesse ponto eu queria registrar e agradecer a colaboração efetiva que o Exército Brasileiro, através do General Laranjeiras, deu a essa ação, o apoio aos desabrigados aqui de Fortaleza. General Laranjeiras, muito obrigado por essa sua ação decisiva para o sucesso daquela campanha. O SESI também tem procurado desenvolver e incutir nas nossas empresas a questão da responsabilidade social, do balanço social e da distribuição do valor agregado. É uma conceituação moderna e todos nós, empresários, se não partirmos para isso, sofreremos a rejeição da sociedade em relação às empresas que não trabalham na ação social. Então temos procurado, através do SESI, realizar essas ações e promovemos aqui um seminário envolvendo os contabilistas de todo Brasil, professores da USP, procurando incutir esse espírito da responsabilidade e do balanço social. O IEL, nosso braço de ligação com a universidade, aproveito para fazer um parêntese, queria saudar o magnífico Reitor Martins Filho, nosso homenageado do ano passado e em nome dele eu saúdo todos os reitores presentes a essa solenidade. Através do IEL, nós temos acordo com todas as universidades existentes no Ceará, mas de quinhentos alunos em treinamento e promovemos aqui, através do IEL, o primeiro seminário internacional focado no capital intelectual e na gestão do conhecimento, buscando com isso gerar competitividade nas empresas do Ceará e esse seminário teve uma seqüência com a gestão do conhecimento e a inteligência competitiva adequada ao meio empresarial. O IEL faz também uma ligação focada na tecnologia, porque temos que buscar na tecnologia o desenvolvimento das nossas empresas, para uma maior competitividade, nos ligando com o Fórum da Tecnologia, com a FUNCAP e com a Secretaria de Ciências e Tecnologia. Minhas senhoras e meus senhores. Tenho uma conceituação moderna de que nós vivemos na era do conhecimento. O Peter Drucker, na sabedoria dos seus noventa anos, disse que hoje a maior riqueza não está na empresa agropecuária, na fazenda, não está na indústria de chaminé, não está na loja com suas vitrines bonitas, a maior riqueza está no conhecimento. Nessa linha, Governador Tasso Jereissati, queria anunciar para Vossa Excelência e para todos aqui, que a FIEC implantará no Ceará a primeira universidade corporativa do Nordeste brasileiro, é um conceito moderno, um conceito diferente de universidade, está muito crescente nos Estados Unidos, onde já existem mais de 3.000, as grandes empresas americanas estão se voltando para esse conceito, que tem muita diferença do conceito tradicional de universidade, nós temos uma cumulação de conteúdo no conceito da universidade corporativa, temos um aprendizado contínuo, permanente e evolutivo, para que, numa interação entre o setor acadêmico e as empresas, tenhamos uma formação dirigida para os gestores das nossas empresas. São professores dessa universidade, executivos, empresários e até mesmo, gestores das empresas, e, intercalando com os professores universitários, pois já temos uma parceria com a UFC e com a UECE, conversamos com o Reitor Manassés, queríamos inclusive ter um curso de Engenharia Industrial no Ceará. Nessa universidade se fará uma diferença em relação ao que existe de capacitação aqui no Ceará e no Nordeste, a primeira vai funcionar com um foco na linha de alimentos e bebidas, lá no SERTRIN, no Mucuripe, onde funcionam os três moinhos. Eu queria, no momento, agradecer ao Governador Tasso Jereissati e ao Secretário Edílson Azim, a cessão do técnico do Governo do Estado do Ceará, João Osmar Paiva, que está trabalhando conosco nesse projeto e também ao Reitor da UFC, Dr. Roberto Frota Bezerra, que nos cedeu o professor Luís Gonzaga Ferreira, que é uma das maiores autoridades em universidade corporativa, já que ele viajou por quase todo os Estados Unidos, adquirindo conhecimento para implantação da universidade corporativa. Enfim, eu queria registrar também que a FIEC estabeleceu aqui o Fórum das Relações Interfederativas, onde nós juntamos as quatro federações dos trabalhadores com a federação das indústrias, discutindo as divergências que existem, mas buscando a convergência, no sentido de juntar os colaboradores, a federação dos trabalhadores e a federação dos empregadores, no caso, a FIEC. Eu gostaria, finalmente, de agradecer aos nossos homenageados, Dona Iolanda Queiroz, pela passagem do cinqüentenário do Grupo Edson Queiroz e pelo investimento que está realizando em Maracanaú, de uma nova fábrica, investindo mais de R$ 120.000.000,00 num momento de incerteza da nossa economia e também pela UNIFOR, que foi um programa implantado pelo nosso saudoso Edson Queiroz e que hoje conta com mais de 16.000 alunos. A propósito, é um caso sui generis em Medalha de Mérito Industrial no Brasil, é o único caso onde um casal recebeu a Medalha do Mérito Industrial, o industrial Edson Queiroz recebeu essa medalha em 1982 e hoje Dona Iolanda Queiroz receberá. Queria fazer um perfil de referência também ao Presidente do BNDES, Francisco Gros, há seis meses, exatamente no dia 20 de novembro, nós inauguramos aqui na FIEC o Posto Avançado do BNDES, esse posto em seis meses tem uma demanda de R$ 564.000.000,00 em pedidos de financiamento, para se ter uma da grandeza disso, basta dizer que o orçamento total da nova agência de desenvolvimento que vai substituir a SUDENE será de R$ 440.000.000,00. Para o Nordeste, R$ 564.000.000,00, 25% acima do faturamento do FINOR, somente no Ceará, e o que é mais importante registrar, não é só demanda do setor industrial, cerca de 46% é do setor industrial, 25% da área de serviços, 20% do comércio e 10% do setor primário. Então, Presidente Francisco Gros, foi uma providência que veio alavancar a economia cearense e nós temos que lhe agradecer, além de lhe agradecer também o novo posicionamento do BNDES. Aquele “S” do BNDES, Presidente Gros, eu preciso lhe dizer, era visto aqui no Ceará como “S” de Sul e Sudeste, tal a pequena importância que o BNDES tinha na economia cearense. Hoje nós podemos dizer que esse “S” é de social, porque no plano estratégico modificado do BNDES, o Presidente Gros está focando a atuação no social do BNDES e também, com esses R$ 564.000.000,00 sinaliza que a economia do Nordeste merece destaque. Ainda hoje ele assinou um contrato de financiamento com uma empresa cearense, a TBM, do companheiro Ivan Bezerra, um financiamento de mais de R$ 50.000.000,00 pelo BNDES. Presidente Gros, muito obrigado pelo apoio que o senhor dá à economia cearense. E o Ministro Martus Tavares, que foi um esteio na liberação desses recursos para todo esse projeto de infra-estrutura que o Governo do Estado do Ceará está implantando. Contou com a participação destacada e efetiva do Ministro Martus Tavares na liberação dos recursos. Para finalizar, senhoras, senhores, quero deixar uma reflexão. O comunismo faliu porque propunha a distribuição, mas falhou na produção. O capitalismo tem sido altamente eficiente na produção, mas tem provocado uma concentração de renda com uma falha na distribuição. Nós temos e devemos identificar novos caminhos, em busca de um novo modelo, buscando uma sociedade mais digna e mais justa. Muito obrigado.

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