[Discurso] Jorge Parente Frota Júnior

PRONUNCIAMENTO DO DR. JORGE PARENTE FROTA JÚNIOR, PRESIDENTE DA FIEC, POR OCASIÃO DA SOLENIDADE COMEMORATIVA AO CINQUENTENÁRIO DA FIEC E AO DIA DA INDÚSTRIA.
Fortaleza, 12.05.2000.

Boa noite a todos.

Excelentíssimo Sr. Dr. Tasso Ribeiro Jereissati, Governador do Estado do Ceará.

Excelentíssimo Sr. Deputado Federal Carlos Eduardo Moreira Ferreira, presidente da CNI.

Excelentíssimo Sr. Deputado Wellington Landim, presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, a cuja pessoa eu saúdo todos os deputados estaduais presentes.

Excelentíssimo Sr. Beni Veras, vice-governador do Estado.

Excelentíssimo Sr. Senador Lúcio Alcântara, em nome de quem saúdo os Senadores Sérgio Machado e Luiz Pontes aqui presentes.

Excelentíssimo Sr. Deputado Federal Armando de Queiroz Monteiro Neto, vice-presidente da CNI e presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco, em nome de quem saúdo os demais deputados federais e companheiros presidentes de federações dos demais estados do Brasil aqui presentes.

Excelentíssimo Sr. General Paulo Roberto Laranjeiras Caldas, comandante da 10ª Região Militar, já assíduo freqüentador desta casa, do que agradecemos.

Magnífico Reitor Antônio Martins Filho, em cuja pessoa saúdo os reitores aqui presentes e, ao mesmo tempo, nessa oportunidade, quero registrar o agradecimento ao Reitor Roberto Cláudio Frota Bezerra de ter cedido o seu lugar de honra na mesa principal. Muito obrigado Roberto.

Prezado companheiro Fernando Cirino Gurgel, diretor tesoureiro da CNI e a quem saúdo os demais diretores da CNI.

Prezado companheiro Luiz Esteves Neto, empresário industrial e ex-presidente desta casa.

Prezado companheiro José Ramos de Torres de Melo Filho, em nome de quem saúdo os demais presidentes de entidades locais.

Caríssimo Senador José Dias de Macedo, na pessoa de quem saúdo todos os empresários industriais.

Caríssimos colegas de diretoria da FIEC, em nome de quem saúdo o vice-presidente, o 1º vice-presidente Humberto Fontenelle.

Excelentíssimo Sr. Byron Queiroz, em nome de quem saúdo todos os presidentes de entidades e organismos federais.

E na pessoa da minha mãe, aqui presente, saúdo todas as mulheres em função da proximidade do Dia das Mães.

Minhas senhoras, meus senhores.

Era o ano de 1950, transcorria a metade do século XX uma das maiores transformações ocorridas na história desde a deflagração das duas pavorosas grandes guerras mundiais que, felizmente, esperamos não mais se repetirão até as profundas transformações e evoluções científicas e tecnológicas, com seus reflexos positivos para o progresso da humanidade.

O Brasil vivia uma economia ainda essencialmente agrícola, iniciando o processo de industrialização baseado na substituição das importações. O nosso Ceará contava com 75% de sua população na área rural. E a sua produção industrial representava apenas 0.8% da brasileira.

Somente cinco sindicatos de representação patronal existiam na incipiente economia industrial, os dos setores têxtil, calçados, confecções, gráfico e construção civil. Foram eles que atenderam ao chamado do inesquecível WALDYR DIOGO DE SIQUEIRA, homem com preocupação social e visão de futuro para a fundação da FIEC-Federação das Indústrias do Estado do Ceará. Era a décima entidade constituída no sistema confederativo brasileiro.

Waldyr Diogo faz seu sucessor, o eminente THOMÁS POMPEU DE SOUSA BRASIL NETTO, que viria alcançar o importante cargo de Presidente da Confederação Nacional da Indústria, dando dessa forma, destaque nacional do Estado do Ceará.

Com a ida de Thomas Pompeu para a CNI assume a FIEC o vice-presidente JOSÉ RAIMUNDO GONDIM, que depois viria dar grande contribuição ao nosso Estado na implantação, ao lado de Edson Queiroz, da UNIFOR - Universidade de Fortaleza.

Encerrando seu mandato na CNI, Thomas Pompeu reassume a FIEC, a qual transfere posteriormente para o novo presidente eleito, FRANCISCO JOSÉ ANDRADE SILVEIRA, numa época de transição da nossa industrialização. Em sua gestão foi instituída a Medalha do Mérito Industrial pela FIEC.

Veio então a fase de JOSÉ FLÁVIO COSTA LIMA, homem de tradicional tronco industrial, com sólida base acadêmica, enriquecida na Faculdade de Direito do Largo São Francisco em São Paulo, e com experiência de dois mandatos de deputado federal. A entidade passou a ter forte participação na vida institucional e empresarial do nosso Estado, culminando com o maior acontecimento político administrativo da história do Ceará.

A clarividência de José Flávio Costa Lima, ao transferir, em 1978, o comando do CIC -Centro Industrial do Ceará, a Beni Veras, ensejou que este liderasse um grupo de jovens destacados empresários industriais, para discutir e propor um novo ideário para o Ceará, o que se tornou realidade, a partir do Governo Tasso Jereissati, referência para a Administração Pública no Brasil, tendo recebido também algumas citações internacionais, através do BID e do Banco Mundial. Foi uma demonstração do inconformismo do cearense com o "status-quo" vigente, confrontando com a situação atual do Brasil, de falta de outros rumos, conforme destaca o historiador -"brasilianista", o americano Thomas Skidmore, em entrevista à revista VEJA, no mês passado.

José Flávio exerceu a Presidência, defendendo e praticando a cidadania, sendo continuado por seu sucessor, LUIZ ESTEVES NETO, que deu apoio fundamental à implantação do Pacto de Cooperação do Ceará, movimento centrado, em sua essência, na prática da cidadania, cujas ações pretendo sejam, amplamente desenvolvidas em minha gestão, como adiante demonstrarei.

FERNANDO CIRINO GURGEL, meu antecessor, marcou sua excelente gestão pelas parcerias firmadas com os mais diferentes segmentos e entidades de nossa sociedade. Também pontificou pela estrutura física incrementada, tanto na FIEC, como no SESI e SENAI, implantando neste último, verdadeiros Centros de Excelência de Treinamento, onde se destacam as Unidades de Automação, na Padre Ibiapina, e o CET Alexandre Figueira Rodrigues, em Maracanaú, considerados, ambos, referência nacional na estrutura da CNI.

Nossa gestão, iniciada há sete meses, será marcada decisivamente pelo treinamento e capacitação, pela inserção da FIEC na sociedade e pelo resgate da cidadania.

O treinamento e capacitação não se farão exclusivamente com relação aos nossos colaboradores do setor industrial, mas extrapolarão para o público em geral, de forma a responder às novas demandas requeridas pela economia globalizada, com foco na competitividade e também na cooperação, envolvendo empresas e instituições locais. A concorrência moderna depende da produtividade e não do acesso a insumos ou da economia de escalas de empreendimentos isolados.

A eliminação das fronteiras entre o público e o privado exige que as empresas, as instituições, as universidades, não menos que os governos, tenham participação efetiva na educação e formação profissional.

Nessa linha, anuncio a celebração de um convênio com a Comissão Fulbright. Viabilizará o acesso de empresários e de executivos das empresas cearenses a bolsas de estudo em programas de Pós-Graduação em Universidades dos Estados Unidos, com opção de escolha de conformidade com a área de trabalho do bolsista.

Anuncio, igualmente, oito convênios, todos com as universidades cearenses, voltados para a capacitação e qualificação da força de trabalho do nosso Estado.

Com a UFC, realizaremos um Curso de Pós Graduação em Economia e Finanças Profissionais, a ser desenvolvido pelo CAEN, em convênio com o INSEAD da França.

Em parceria com a UECE, estamos promovendo o primeiro MBA de Administração Profissional, em cooperação com a Universidade de Coimbra, em Portugal.

Com a participação da UVA, que se vem destacando excelentemente em todo o interior cearense, ministraremos, a partir do segundo semestre do corrente ano, os cursos sequenciais de:

-Gestão de Pequenas e Médias Empresas

-Finanças e Mercados de Capitais

-Gestão de Recursos Humanos

-Comércio Exterior e

-Gestão de Negócios em Turismo.

Sintonizados com a vocação da região do Cariri na produção de calçados, faremos com a URCA um curso de Engenharia de Produção.

Registramos, ainda, os avanços que estamos conseguindo em diferentes áreas de capacitação, mediante projetos de cooperação com o SEBRAE e a Secretaria do Trabalho e Ação Social do Estado.

No que diz respeito à inserção da FIEC na sociedade, anuncio, ao ensejo do seu CINQUENTENÁRIO, a realização de quatro empreendimentos de forte conteúdo sócio -cultural:

(1) a implantação da primeira ORQUESTRA FILARMÔNICA DO CEARÁ, em parceriacom o Governo do Estado;

(2) a criação do MUSEU DA INDÚSTRIA, que mostrará todo o histórico dos primeiros cinqüenta anos, seqüenciado pelo dos anos futuros;

(3) resgate do Culto aos SíMBOLOS NACIONAIS, com destaque para a Bandeira e Hinos Nacionais, como forma de incutir na sociedade o espírito de civismo e de respeito à manifestação patriótica dos brasileiros;

(4) a realização da OLIMPíADA DO CINQOENTENÁRIO, instituída no intuito de congregar nossos colaboradores e seus familiares, em atividades que se desenvolverão, com a participação de 5000 operários, em dezoito modalidades de esporte, a serem disputadas nas Unidades do SESI da Barra do Ceará, Parangaba e Maracanaú, a partir de 21 deste mês e até 17 de setembro vindouro, data que marcará o primeiro ano de nossa gestão à frente da FIEC.

Muito sensibilizado com o resgate da valorização da cidadania, pretendo, a partir do corrente ano, com o fim de estimular a prática de ações voltadas para esse objetivo, instituir na FIEC o TROFÉU DA CIDADANIA, devendo a primeira distinção ser conferida ao Pacto de Cooperação do Ceará, a ser entregue ao empresário AMARÍLIO MACEDO, um dos seus idealizadores e principal fundador.

Concomitantemente à celebração do CINQOENTENÁRIO, faremos, esta noite, a outorga da MEDALHA DO MÉRITO INDUSTRIAL, comenda maior da nossa entidade.

Com a ênfase que tenho dado na FIEC às Universidades, faz-se desnecessário justificar a concessão da honraria ao Magnífico Reitor ANTÔNIO MARTINS FILHO, o "Reitor dos Reitores", o "Educador do Século", fundador de quatro das nossas universidades.

LÚCIO ALCÂNTARA, exemplo de homem público honrado, que dignificou sua passagem por todos os cargos que assumiu, e com várias contribuições ao setor industrial cearense, é outro dos nossos agraciados na noite de hoje.

LUIZ ESTEVES NETO, ex -Presidente desta Casa, pessoa da mais longa duração nos quadros diretivos da FIEC. Com forte e elevado espírito de cidadania, também é merecedor de nossa distinção.

Senhoras e Senhores, devo finalizar, agradecendo a colaboração decisiva que venho recebendo, nesses primeiros sete meses de mandato. Inicialmente, aos meus Companheiros de Diretoria, Presidentes de Sindicatos e Colaboradores do Sistema FIEC.

Ao Presidente da CNI, Deputado Moreira Ferreira que, em todos os momentos, tem destacado seu apoio à FIEC; de igual modo, a todos os dirigentes do Sistema CNI, aos quais, através do Presidente, estendo meus agradecimentos.

Ao Governador Tasso Jereissati e sua equipe, compartilhando permanentemente em busca de um Ceará com melhor qualidade de vida.

Também agradeço ao Prefeito Juraci Magalhães sua solícita presença nesta Casa, atendendo prontamente a todos os convites que lhe fazemos.

Aos Companheiros Presidentes das Federações do Brasil e das Entidades de classe do nosso Estado, pela conexão e articulação em nossas lutas, pelo fortalecimento do setor privado em sintonia com o respeito aos nossos colaboradores e à sociedade em geral.

Ao Presidente do SEBRAE Nacional, Sérgio Moreira, ao Diretor Superintendente do SEBRAE Ceará, Francisco Regis Dias e ao Secretário de Ação Social do Estado, Edilson Azim Sarriune, pela colaboração constante.

Senhoras e Senhores,

Se formos dignos no presente, seremos honrados pelas gerações do futuro.

Muito Obrigado!

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