[Discurso] Jorge Alberto Vieira Studart Gomes

Meus amigos, boa tarde!

Pelo terceiro ano consecutivo a FIEC promove este encontro de congraçamento entre o setor produtivo e o poder público na perspectiva de celebrarmos uma parceria institucional que tem possibilitado um diálogo extremamente exitoso em prol do desenvolvimento do Ceará.

Recordo que na primeira edição, quando recebi o governador Camilo em dezembro de 2015, fiz referência a atenção que ele deu ao documento Agenda da Indústria, elaborado pela FIEC e entregue em suas mãos antes de sua posse.

O que poderia ser mais um documento recebido pelo futuro gestor do Estado, tornou-se ao longo daquele ano um instrumento bastante utilizado pela gestão estadual para balizar o encaminhamento de soluções para os principais problemas enfrentados pela indústria cearense.

Estávamos encerrando naquele momento o primeiro ano do Governo Camilo marcado por um período de forte estiagem e sob a nuvem de um ambiente político e econômico no país que deixava a todos bastante apreensivos com o futuro da nação.


Mas também nos dava a garantia de que aquele encontro consolidava uma vibrante parceria que seguiria em 2016 porque víamos na figura de Camilo o perfil de uma liderança capaz de unir todos os interessados em criar condições para fazer o Estado do Ceará avançar.

Com jeito peculiar de tratar seus interlocutores, instigava a sinergia entre seus gestores e nos animava como setor produtivo a fazer o que mais gostamos, que é trabalhar, produzir, gerar riquezas e melhorias à sociedade.

O ano de 2016 entrou para a história do Brasil como o fim de um ciclo político com efeitos devastadores para a economia e as consequências em alguns estados da Federação ainda são sentidas.

Enquanto no Brasil esses efeitos se mostravam de maneira dramática e o noticiário era dominado por assuntos pouco afeitos a nossa realidade como homens voltados ao desenvolvimento, o Ceará e o seu governo eram pautados por temas como economia, investimento, transparência, infraestrutura, recursos hídricos e educação.

Nosso PIB continuava sendo percentualmente maior que o brasileiro e as notícias indicavam o interesse de investidores em transferirem-se para o Ceará.

Esse ambiente de convergência positiva que tomou conta do Estado deve-se muito ao estilo Camilo Santana, que sabe perfeitamente que nenhum homem público governa sozinho. Como ele mesmo costuma dizer, o governo cria e implementa políticas públicas, mas para isso precisa constantemente dialogar com as instituições. E isso tem sido feito de forma aprofundada nesses três anos da gestão estadual.

Como presidente da FIEC sou testemunha do quanto o nosso governador ouve e acata as sugestões quando as entende como viáveis ao engrandecimento do Ceará.

Essa abertura para o diálogo, amigos, acaba por criar um envolvimento que nos impõe como lideranças classistas a um compromisso de sermos presentes e integrados na resolução dos problemas do estado, ao mesmo tempo que nos sentimos partícipes das vitórias alcançadas.


É essa abertura para a discussão de soluções em conjunto que anima a sociedade a tomar para si a tarefa de buscar resultados efetivos para nossos problemas, dentro da perspectiva de um amplo acordo social.

Governador, ontem mesmo, no meu escritório na BSPAR reuni um grupo de 30 executivos empresários, reitores e acadêmicos para discutir o projeto Cidade Inteligente, uma iniciativa na área da saúde liderada pelo estimado Dr. Cabeto Martins Rodrigues que vai ao encontro do conceito de planejamento sustentável de longo prazo, alinhado à visão abrangente de pessoas comprometidas com o futuro do estado, futuro promissor.
Sabemos que o governo Camilo Santana está cimentando um caminho sem volta para o Ceará, preparando o estado para atuar com base nos mais modernos preceitos de prestação de serviços e com o olhar voltado ao cidadão.

Esse caminho envolve a utilização de tecnologia e inovação, a meritocracia na ocupação das funções públicas e fundamentalmente a adoção do conceito de que, assim como nas empresas privadas, também no âmbito público devemos nos pautar por uma gestão de resultados.

Amigo Camilo, temos muito a comemorar juntos neste final de 2017. O Ceará é atualmente um espaço diferenciado em relação ao que se vê no restante do país. Equilibrado financeiramente, temos trabalhado com visão de longo prazo e um exemplo claro disso é o Programa Ceará 2050, realizado na perspectiva de planejar políticas públicas para as próximas 3 décadas.

Este consistente planejamento vai potencializar “ainda mais” os investimentos estrangeiros que tem chegado ao Ceará, atraídos por essa ambiência favorável.

Os empreendimentos anunciados nas áreas portuária, aeroviária e de dados nos permitirão atuar como um polo de convergência com a indústria global, desenvolvendo nossas riquezas por intermédio das principais companhias aéreas do mundo, fomentando o turismo e nos conectando em maior velocidade nas trocas comerciais e de tecnologia com o resto do planeta, inserindo nosso ambiente de negócios em escala mundial.

O fato é que os investimentos anunciados abrirão ao Ceará uma perspectiva em termos de relações pouco antes vista, seja em qualificação, convivência com outras culturas, educação e inovação tecnológica.
A Companhia Siderúrgica do Pecém é uma mostra desse potencial que o Ceará possui. O comércio exterior cearense está se reerguendo em função da CSP, agregadora de uma mudança expressiva em relação ao nosso perfil exportador.

A FIEC tem dado sua contribuição para esse momento em que o Ceará pavimenta o futuro, com a entrega dos resultados das Rotas Estratégicas Setoriais, projeto importante do Programa para Desenvolvimento da Indústria, que irá se integrar ao Projeto Ceará 2050.


Estamos vivendo um período inédito no Ceará e as Rotas Estratégicas se inserem nesse contexto como marco simbólico da relação entre a FIEC e o poder público, reforçando nosso compromisso com os empreendedores, investidores, industriais e com o desenvolvimento.

Algumas vezes, porém, alguns problemas extrapolam nossa capacidade de superá-los e nos impõem desafios especiais. Refiro-me ao quadro vivenciado no âmbito da segurança pública, um cenário que tem dimensões nacionais e sobre o qual precisamos debater com transparência e visão abrangente.

A solução dos grandes problemas sempre teve nas crises um ótimo refúgio para se oferecerem soluções duradouras. O momento para isto, no caso da segurança pública, é agora, e precisamos ampliar essa discussão.

Aproveito este espaço para denunciar o pouco caso que o governo federal tem tido para com a questão regional que considero uma ferida aberta no modelo federativo brasileiro. Da década de 1940 até hoje, o Nordeste continua sem atingir a metade do PIB nacional, estagnado em 40% em relação ao Brasil. Acompanho de perto o esforço do governador Camilo, mas é preciso mais que o empenho dos governadores, onde sou observador para fazer justiça.

Senador Eunício,

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Em uma tentativa de amenizar esse quadro, os estados se utilizaram dos incentivos fiscais para atrair investimentos. Depois de tantos anos de insegurança jurídica, tivemos a convalidação desse instrumento, porém daqui a 15 anos já não poderemos mais contar com ele, que nos serviu para diminuir um pouco as desigualdades.

Precisamos com urgência encontrar alternativas para suplantar essa perda, trazendo para o Nordeste políticas públicas que possibilitem o crescimento da indústria, a melhoria da educação, mais inovação, infraestrutura adequada, gerando maior competitividade ao setor produtivo e mais riqueza.


Em uma sinalização de que as instituições percebem o quanto o país demanda resolver as desigualdades regionais, recentemente o Tribunal de Contas União recomendou à Casa Civil da Presidência da República a criação de plano estratégico mais efetivo de combate à essa problemática.
Amigos, hoje, 96% da dívida dos estados com a União correspondem a apenas 4 estados da federação, justamente aqueles mais aquinhoados. Os estados do Nordeste respondem por menos de 4% desse passivo. A sugestão do TCU revela na verdade que as políticas públicas desenvolvidas para o Nordeste têm sido ineficazes para aumentar nosso PIB percapita em relação ao PIB Nacional e melhorar o nosso IDH.

O Nordeste, senhores, é parte da solução dos problemas nacionais, pois o seu crescimento alarga as possibilidades de desenvolvimento do Brasil. 

Precisamos por isso, nos apresentar com altivez para esse embate estratégico com todas as nossas energias e nos posicionarmos afirmativamente na busca por saídas efetivas para a região, excluindo definitivamente a política assistencialista como solução natural.

Meu amigo Camilo Santana, meus amigos,
Sabemos que é através de movimentos simbólicos que se iniciam as grandes transformações e por isso conclamo a todos  para nos irmanarmos nessa empreitada para encontrarmos uma resposta efetiva para o enfrentamento desse problema.

Amigos empresários, industriais, representantes do setor público, das universidades, parlamentares, esta é uma tarefa urgente que exige de todos nós um esforço redobrado de inteligência e articulação para avançarmos nos desafios ao crescimento.

Por fim, estamos reunidos para homenagear um modelo de gestão que além de exemplo para o Brasil acena como deve ser de fato a condução dos destinos de um país que clama por modernidade, transparência e responsabilidade com a coisa pública. Uma salva de palmas para o governador Camilo Santana!

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