DISCURSO DO PRESIDENTE Dr. LUIZ ESTEVES NETO NA SESSÃO SOLENE DE POSSE DA NOVA DIRETORA DA FIEC ELEITA PARA O TRIÊNIO 1992/95.
Fortaleza, 18 de setembro de 1992.
Aqui estamos chegando.
Chegando de uma dedicada jornada de trabalho. Dedicação que não autoriza a afirmativa de eficiência e operosidade. Dedicação no entanto, que nos valeu lições de vida e um frutuoso curso de conhecimento humano.
Conhecemos a prestimosidade dos companheiros leais que compuseram a diretoria e os conselhos da FIEC e que foram, eles sem dúvidas as alavancas do que conseguimos construir e implantar domo-nos conta da indispensabilidade do apoio do universo da Confederação Nacional da Indústria CNI através de toda sua diretoria e, sobretudo dos astros Professor Arivaldo Fontes, do SENAI e Ministro Fanor Cumplido, do SESI, brilhando intensamente ao lado do fulgor insuperável do sol que é, sem dúvida, o amigo de todas as horas, o senador e presidente Albano Franco.
Aprendemos a admirar o empenho dos nossos técnicos e funcionários, de todos os níveis, e de todos esses órgãos em chamar para si, de forma espontânea e emocionante, a responsabilidade de fazer o máximo para que a tradição e a flama da FIEC estivessem cada vez em maior evidência. Os vimos lutar não pelo cargo que ocupam mas se entregarem, inteiros, à tarefa de levar o Ceará à industrialização consciente e eficiente.
Registramos a colaboração da imprensa de nossa terra traduzida não no elogio gratuito e falsamente laudatório, mas sim no acompanhamento interessado e, na crítica justa e séria das nossas ações o que nos obriga a proclamar nosso agradecimento não só às empresas mas, sobretudo, àqueles que nas redações e estúdios, ou em plena rua, operam anonimamente o computador, a caneta, a câmera, a grade de iluminações, o microfone, a mesa de edição, a fotomecânica, enfim, o mundo de instrumentos que fazem a informação ágil e moderna.
Verificamos a disposição de nossos governos em manter com a indústria do ceará a mais saudável e intima relação, de onde só nasceram projetos e ações para o bem estar de nossa terra e do nosso povo, sob os comandos dos governadores Tasso Jereissati e Ciro Gomes, do prefeito Juraci Magalhães e dos secretários da indústria e comércio Ariosto Holanda e Antonio Balhmann.
Todas essas constatações dão a nossa diretoria a plena convicção que fomos premiados com o direito de participar, de um momento inédito de vida política e sócio-econômica do nosso estado.
A indústria cearense cresceu nesse período mais que a indústria brasileira e nordestina porque empenhou-se, também, com o governo e o povo em construir o novo ceará e nova fortaleza.
É nos assim, permitido como membros humildes, mas conscientes desse esforço e dessa realidade, proclamar que essa participação nos remete a obrigação de lutarmos por todos os meios pela preservação dessas conquistas.
E ousamos mais.
Ousamos, respeitar, mas incisivamente, alertar o universo político do ceará para o fato de que não poderemos merecer perdão se, neste momento e justamente, a titulo de uma disputa eleitoral, destruirmos com os pés o que nos custou tanto a tentar construir com as mãos.
O futuro da indústria cearense, o futuro do ceará está aqui bem diante e perto de nós. Não podemos fugir da nossa responsabilidade por ele.
Meus senhores e minhas senhoras:
O protocolo, a praxe e o costume nos ordenam que aqui façamos, uma prestação de contas.
Teríamos assim de alinhar números, e referir dados fazer comparações e aplicações.
Dizer que recebeu a FIEC com 24 sindicatos e a entregamos com 29; que os 3.000 m2 da área de ocupação da casa da indústria é hoje de 5.427 m2 que os industriários do SESI Juazeiro do Norte receberam o parque aquático prometido há 40 anos que o CERTREM Instituto Fortaleza, criado e administrado pela junção dos esforços do grupo J. MACEDO e do SENAI é o único curso de moleiro do Brasil e já está preparando mão-de-obra para a América Latina, Europa e África; enfim todas essas realizações que são mérito e crédito dos componentes desta diretoria que hoje encerra seu mandato e dos diretores José Maria Gradvohl, do SESI e Mendel Klejner, do SENAI.
Recusamo-nos a abusar de suas paciências e não fazer prestação de contas, mas não desejam, nem querem fugir dos dois itens.
O primeiro para mudar fraternal e calorosamente a nova diretoria que empunhou a bandeira da FIEC, sob o comando experimentado, decidido, lúcido, e competente de Fernando Cirino Gurgel.
As duas diretorias que hoje se confraternizam solenidade sabem o quanto da serenidade, de lealdade, de renúncia e de decisão em fazer o melhor pela entidade, foi posto em ação para que a democracia aqui fosse proclamada e vivenciada sem necessidade de práticas que não mais toleramos porque temos tarefa maior a cumprir.
Saudamos assim, efusivamente, os companheiros que se dispõem a dar na contribuição inexcedível e todo o entusiasmo de sua competência à nossa indústria.
Temos certeza de que hoje e, mais do que nunca, estamos autorizados a proclamar.
“Está bom e vai melhorar!”
Meus senhores e minhas senhoras, companheiros industriais.
Permita-me mudar o inteiro o teor dessas palavras.
É que devo um agradecimento pessoal mas nem por isso menos merecedor de seu público e eufórico.
Devo agradecer a deus por me ter trazido até aqui; devo agradecer a minha família a meus 7 filhos e 14 netos por terem permitido que lhes roubasse a muita assistência da pouca que lhes dei; aos companheiros que ofendi ou, tenha involuntariamente desagradado, porque me permitem um pedido público de desculpa.
Muito obrigado!