Palestra proferida pelo Dr. Luiz Esteves Neto, Presidente da FIEC, aos Oficiais da Força Aérea Brasileira - "A Indústria Cearense e a Força Aérea Brasileira".
Fortaleza, 07 de julho de 1987.
A INDÚSTRIA CEARENSE E A FORÇA AÉREA BRASILEIRA
Afirmam os especialistas em economia que três são os fatores básicos para a determinação de um estágio de desenvolvimento: os fatores físicos, os fatores históricos e os fatores institucionais.
Definem os fatores físicos como aqueles ofertados pela natureza, coadjuvados pela formação dos recursos humanos: os fatores históricos são determinados por eventos aleatórios, muita das vezes ocorridos fora das fronteiras do próprio País; e os fatores institucionais são aqueles emergentes da acção política do próprio homem.
No Nordeste todos esses fatores conjugaram-se para, em um efeito deletério em cadeia, determinar o atual estágio de subdesenvolvimento que a Região se encontra.
Na área dos fatores físicos. Os solos do Nordeste, o clima, as intempéries comprometeram a formação da base econômica da Região. São por estes condicionantes, o Nordeste estaria fadado a um crescimento bastante diferenciado de outras regiões, fisicamente melhor dotadas.
Enquanto isso a história do País, num primeiro momento, brindou-nos com condições que poderiam ter favorecido um crescimento aceitável para este pedaço de Brasil. Entretanto, estas condições foram efêmeras e logo viu-se a Região mergulha da em uma situação de marginalidade. Se no Brasil Colônia éramos o Brasil rico, com o deslocamento da sede do Governo Imperial para o Sudeste começou a derrocada da região Nordestina. Assim, aos fatores físicos adversos vieram somar-se os fatores históricos negativos (o exemplo citado apenas um entre muitos), conjuminando-se para um maior agravamento das dificuldades a serem superadas.
Restou, como última esperança, como uma compensação para esses fatores desfavoráveis ao desenvolvimento do Nordeste, que a ação política do Governo viesse de encontro ás adversidades fisico-históricas. Doloroso engano! Este fator talvez tenha sido, justamente, o que mais afetou negativamente o processo de desenvolvimento da Região.
Esta assertiva deve parecer completamente descabida a julgar pelo alarde que se faz sobre as inúmeras “benesses” que seriam tão constante e magnanimamente ofertadas ao Nordeste, pelo Governo da União.
É interessante observar que a história registra todos os fatos, o real e o irreal, mas, pela tendência do brasileiro ao sonho, o irreal toma foro de real. Não é à toa quê a frase de D. Pedro II de que venderia até a ultima pedra de sua coroa para que nenhum Nordestino morresse de fome, passou a Historia. Mas, na verdade, sequer um grama de ouro dos botões de seu colete serviu para saciar a fome de qualquer nordestino.
Ao longo do tempo, devido a esta tendência latina de vi ver no sonho e escamotear a dura realidade, viram os nordestinos avolumarem-se contra a Região os mais descabidos argumentos sobre a incapacidade destes e desta em responderem aos “estimulas” do Governo Central.
Entretanto, a realidade é bem outra. Apesar da União, a economia nordestina tem, pouco a pouco, e por que o Nordestino é antes de tudo um forte — mostrado sua pujança e sua força para enfrentar óbices e infortúnios.
Qual o porque do “apesar da União”?
Ao analisarmos o moderno processo de desenvolvimento brasileiro, vimos que todas as ações governamentais ou estatais voltaram-se quase que exclusivamente para o crescimento da Região Centro Sul. Assim foi a política de sustentação do preço do café, a implantação da infra-estrutura básica, a reserva de mercado para a indústria nascente do Sudeste, o financiamento de importação de equipamentos e bens de capital via uma política de taxa cambial sobrevalorizada, e tantas outras medidas cuja enumeração até nos levariam ao cansaço.
E ao Nordeste, o que restou? Ficar a margem de todo esse processo! Mas, infelizmente, não coube a Região apenas o ficar a margem. Foi-lhe exigido um pagamento por isto! De fato, a política de sobrevalorização cambial não só ensejou ao Centro Sul a importação barata dos bens de que tanto precisava, mas penalizou o Nordeste que era, e é, superavitário em seu comércio com o exterior. A política tarifaria determinou a reserva de mercado para a indústria nacional, mas sem sombra de dúvida corroeu sistematicaticamente o poder de compra do nordestino.
Lembremos como exemplo mais frisante, que o petróleo brasileiro foi inicialmente produzido no Nordeste, mas o parque de refino e petroquímico foi primeiramente instalado no Sudeste.
Ante tantos descaminhos será que o resultado poderia ser diferente?
O paradoxal é que nos acusam de incompetentes, malbaratadores do dinheiro público, de sermos o peso morto da Nação brasileira. Criam-se falácias e apregoam-se mentiras.
Economistas de renomada chegam a afirmar que para cada cruzado que o Governo Federal arrecada no Nordeste, devolve três para a Região. Aqui esta uma falácia, porque tais cálculos são baseados na arrecadação, enquanto a variável correta a ser considerada é a incidência.
Ao afirmarem que o Nordeste não responde aos incentivos do Governo, os técnicos que assim o fazem mascaram a verdade, pois toda vez que foi criado um programa especifico para a Região, esta apresentou taxas de crescimento superiores as do Brasil.
Senão Vejamos:
A partir de 1962 quando se iniciou o processo de industrialização do NE, esta região, até 1967, cresceu, em media, bem mais rapidamente que a economia brasileira. Em 1962 o Brasil crescia a uma taxa de 5,2% enquanto o Nordeste crescia a unia taxa de 6,1%. Já em 1967 essas taxas foram 4,8 e 11,6% , respectivamente. A partir daquele ano, a SUDENE começou a ser esvaziada, e as taxas nordestinas apresentam-se menores que as brasileiras.
Quando, novamente, se tomaram medidas especificas para o crescimento da Regido, 1974-1980, com a implantação do POLONORDESTE, PROHIDRO e PROJETO SERTANEJO, o Nordeste voltou a crescer mais que o Brasil. Em 1975 a taxa de crescimento do Nordeste foi de 14,1% enquanto a do Brasil foi de 5,6%; em 1977 essas taxas foram 9,2 e 5,4%, respectivamente. Vale ressaltar, ainda, que a taxa de crescimento da Região nos outros penados é bastante inferior às taxas verificadas para o Brasil justamente nos anos de seca (1970, 1974, 1981 e 1984).
Esta tem sido a prática nos últimos trinta 30 anos. E, infelizmente, ainda não estancou. Há pouco mais de um mês o Constituinte José Serra declarou que era preciso acabar com os incentivos fiscais para o Nordeste porque, segundo ele, o Governo Federal abdicava de 50% do IRPJ para aplicação em projetos de resultados duvidosos. Nada mais inverídico. Primeiro os incentivos fiscais para o Nordeste não superam os 6% do imposto de renda; segundo, somente quem não conhece a Regido pode afirmar que os projetos industriais apoiados pelo FINOR são de resultados duvidosos. Os números desmentem esta assertiva. De fato, conforme trabalho realizado pelo Banco do Nordeste e SUDENE, apenas 13% dos projetos aprovados estio paralisados, representando em termos de valor liberado tão somente 8,8%. Estatisticamente esta é uma margem bastante aceitável. Ressalta-se que experiências semelhantes na Itália e em Porto Rico revelaram um índice de frustração em relação aos investimentos totais aprovados, bem superior aos verificados para o FINOR, já que naqueles países tais índices alcançaram 44 e 32% respectivamente.
Ressalte-se, ainda, que analisando-se a arrecadação nordestina do Imposto sobre Produtos Industrializados observa-se que no período compreendido entre abril de 84 e março de 85, 41,6% foi proveniente das 20 maiores empresas de cada um dos Estados Nordestinos e desse percentual , 83,4% corresponde ao valor arrecadado por essas empresas (20 maiores de cada Estado do Nordeste), assistidas pelo FINOR, numa amostra da dinamicidade das empresas implantadas graças à política de incentivos mantida pela SUDENE.
Arguir contra o sucesso do FINOR ou dizer que a Região recebe recursos em excesso e uma inverdade. É interessante verificar que não se diz que somente os gastos com a Usina de Itaipú superam em duas vezes todos os recursos vindos para o Nordeste através do Sistema 34/18 - FINOR, em todos os seus 26 anos de existência. Não se diz que o incentivo ao trigo consubstanciado pelo consumo nos Estados do Sudeste, em 1986, foi quase igual ao orçamento do FINOR para aquele ano.
Assim, tem o Nordeste que lutar contra a adversidade físico-climática e contra a “cultura” anti-nordestina que vem-se instalando neste País. Esquecem os que alimentam tal “cultura” que o Brasil jamais será um País forte com um Nordeste fraco.
Senhores, este não é mais um desabafo de um nordestino, mas urna constatação dolorosa de que algo há de ser feito se queremos preservar a unidade nacional, se queremos ter uma Pátria forte e desenvolvida, sob a proteção de regime democrático fortalecido e capaz de assegurar nossa soberania no conceito das nações.
A esta altura, os senhores devem estar a se perguntar onde entra o Ceará neste contexto. Ele se insere justamente por ser um reflexo deste quadro de marginalização porque tem passado o Nordeste.
Se o Ceará tem hoje um nascente, porém vicejante parque fabril não foi pela ajuda do Governo Central , mas pela coragem e tenacidade do homem cearense.
Mesmo lutando contra uma natureza hostil e contra a indiferença do poder público o cearense esta construindo um parque industrial que hoje e o terceiro do Nordeste, composto por quase 4.000 empresas de médio porte e com quase o mesmo número de micro e pequenas empresas.
Hoje o Ceará é o terceiro pólo de confecção e de calçados do Brasil. A indústria de beneficiamento do caju responde por mais de da produção nacional. A indústria lagosteira é a maior do País. Temos um florescente pólo metal-mecânico e o parque têxtil é um dos mais modernos da Nação, estando a duplicação de sua capacidade produtiva assegurada para os 2 (dois) próximos anos.
Ressalte-se que não temos uma só empresa estatal federal e não hospedamos nenhuma grande instituição pública, quer militar, quer civil. As duas únicas unidades de algum porte cujas sedes estio localizadas em Fortaleza são o Banco do Nordeste e o DNOCS. Instituições estas que lutam com grande dificuldade para cumprirem seus papéis, justamente por falta de apoio do Governo Federal. E mais do que isso, por terem seus orçamentas e liberação de verbas diminuídas e dificultadas cada vez mais.
Quando da criação do BNB contava aquela instituição de crédito com recursos estáveis para promover o desenvolvimento da Região. Era o chama do Fundo das Secas. Mas em 1967 a nova Constituição eliminou esse dispositivo e o Nordeste, de 1967 a 1986 perdeu, a preços de junho de 1987, 1.029 bilhões de cruzados.
Também os recursos dos incentivos fiscais para o Nordeste - FINOR, que em 1962 representavam 100% de todos os incentivos fiscais, foram, pouco a pouco, sendo diluídos (SUDAM, SUDEPE, Turismo, Reflorestamento, PIN, PROTERRA) de forma que, em 1985, representavam apenas 27,8% dos incentivos iniciais.
Essa retirada de recursos foi ainda mais perversa porque eles foram aplicados, em sua quase totalidade, em outras Regiões do País, subtraindo-se, dessa forma, ao Nordeste mais uma oportunidade de iniciar-se em outras atividades econômicas e desenvolvimentistas, em pé de igualdade com as regiões já ricas e beneficiadas.
Este é o cenário adverso no qual o Ceará se insere.
Mas, como afirmamos anteriormente, o nordestino e um forte e mais forte ainda é o cearense. E é por isto que estamos lutando com todas as nossas energias para não ficarmos atrás no esforço desenvolvimentista da Região. Hoje, mercê dos empecilhos citados, o Ceará estão se distanciando não mais do desenvolvimento do Centro Sul , mas do desenvolvimento dos Estados da mesma Região.
O Nordeste está passando por um ciclo evolutivo cuja tendência é a consolidação de seu parque industrial. E o Ceara, que antes da SUDENE já representava o terceiro estado da Região em termos de produto, apesar da guerra geopolítica entre os estados nordestinos, o que faz com que a maior parte da minúscula porção que o Governo Federal destina ao Nordeste se localize em Pernambuco e Bahia, continua nesta posição, o que significa dizer que nossos esforços são redobrados na luta contra o subdesenvolvimento ou, melhor dito, pela sobrevivência.
Assim é que não temos medido esforços, inclusive com a participação da própria Federação das Indústrias do Estado do Ceará, para que se aumentem os investimentos em pesquisas tecnológicas e em estudos sócio-econômicos.
Este esforço é básico neste momento de transição, onde o perfil industrial vem se modificando em direção de um uso cada vez maior de tecnologias de ponta, como e o caso da química fina, da informática, da engenharia genética, etc.
Referidas atividades quase que não guardam qualquer correlação com as aptidões e a oferta natural de recursos locacionais. Seu desenvolvimento é, basicamente, fruto da vontade política e da qualificação da mão-de-obra.
Por isso é que a Federação das Indústrias do Estado do Ceará, hoje, estão participando da instalação de um Centro Nacional de Pesquisas do Caju e patrocinando um Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da indústria Química, ambos em conjunto com a Universidade Federal e com o Governo do Estado. Estes centros visam a dar suporte, de um lado a uma atividade fundamental para a economia cearense, responsável por exportações anuais em torno de US$ 100 milhões e, de outro, a uma atividade que, a partir das pesquisas já realizadas na UFC, poderá consolidar o parque químico-farmacêutico do Estado.
Entretanto, essa luta é bastante desigual porque o talante de adversos fatores seculares, até hoje invencíveis. Obrigam a frágil aeronave do Estado a voar no céu borrascoso da quase miséria.
Apesar de todo o esforço despendido pelo Ceará no caminho da industrialização, na tentativa de criar uma personalidade económica, quase nenhum resultado foi produzido no que diz respeito a uma melhora substancial no bem-estar de sua população.
A realidade é bastante palpável e se consubstancia em numeras que não podem ser olvidados.
Os dados que ora lhes são mostrados para o Nordeste pode não ser transpostos para o Ceará em uma escala bem mais acentua da. Veja-se que da força de trabalho brasileira sem rendimento, 40,5% é nordestina. O consumo de caloria por comensal-dia nordestino é de, apenas, 12,5% daquele verificado para o brasileiro; para cada 1.000 habitantes do Nordeste só existem 61,9% dos leitos hospitalares oferecidos a cada 1.000 brasileiros; e para o numero de médicos por 1.000 habitantes, a relação Nordeste/Brasil e de 64,3%.
No campo econômico, também, a situação não é alentadora, vez que enquanto da PEA - População Economicamente Ativa brasileira 32,5% ganha até um salário mínimo, no Nordeste esta relação chega a 47,1%; em contraste com o que ocorre no Sudeste, cuja relação é de 28,6%. Se a renda per capita do brasileiro, em 1985, estava em torno de US$ 1.487.37; a do nordestino, US$ 746.12, a do cearense situava-se em torno de US$ 150.00.
Senhores, este é o contexto no qual estamos inseridos.
E onde estamos decididos a lutar a nossa luta.
A FIEC se rejubila com a oportunidade que lhe foi dada em explicitar para uma platéia tão seleta e culta a situação do Nordeste e, em particular, do Estado do Ceará. Isto porque o Ceara é um Estado que clama apoio e compreensão do País do qual faz parte. Porque nossa situação exige que, parafraseando o Presidente Kennedy, “não perguntem o que o Ceará pode fazer pela Nação, perguntem o que a Nação pode e necessita fazer pelo Ceará”.
Os dados são bastante evidentes em mostrar que poucos efeitos tiveram os constantes sacrifícios impostos ao povo cearense, por uma política nacional discriminatória e os infindáveis fatos comprobatórios da nossa viabilização econômica.
Daí nasce uma sensação de frustração e um inegável sentimento de impotência emerge, quando vemos uma instituição como a Força Aérea Brasileira perguntar ao Ceará em que o Ceará pode contribuir para o desenvolvimento da FAB. Primeiro porque na atualidade pouco temos a oferecer neste sentido; segundo, porque constatamos que nosso clamor ainda não atingiu o grau de intensidade para ser ouvido e entendido pela totalidade da Nação Brasileira.
Desta forma, é que somos obrigados a reverter a indagação - tema.
E o fazemos com mais propriedade, visto que há algum tempo neste mesmo auditório esteve o Dr. José Flávio Costa Lima, trazendo sugestões concretas. Permito-me repetir-lhe as palavras: “Aqui vamos defender uma posição que, para os Senhores, poderá parecer esdrúxula mas, para nós, parece bastante racional”. Advogamos, por exemplo, a transferência de grandes unidades militares, transferencia de institutos e unidades de pesquisas e de indústrias estatais, como a de armamentos para o interior nordestino.
Podemos justificar essas medidas, pelo menos, em dois campos: o econômico e o de segurança nacional. O econômico diz respeito à desconcentração industrial, à criação de empregos e mercados no Nordeste, à criação de riqueza, enfim. Isto porque a transferência dessas unidades permitira a fixação no campo de um grande contingente populacional já engajado no processo produtivo. Tal fato se constituíra, sem dúvida, em estimulo d iniciativa privada a se expandir nos diversos setores da economia. Simultaneamente, tal transferência induzira, ainda, a investimentos públicos em infra-estrutura física e social, contribuindo, sobremaneira, para a melhoria das condições devida do povo nordestino.
O de segurança nacional diz respeito à diversificação vocacional, difícil acesso e distanciamento de grandes centros populacionais, o que, com certeza, diminui os riscos provenientes de qualquer convulsão social.
A repetição dessa análise e sugestão rido significa o vicio de reclamar e de lamentar.
Ela é fruto da nossa determinação de não deixar morrer a campanha que deflagramos e manteremos viva, custe o que custar, para que o País, tome conhecimento e se convença de que não somos problema nordestino ou cearense, somos o problema brasileiro.
Senhores, a nação brasileira passa por profundas transformações. Estamos no limiar de um novo tempo, a partir do qual o Brasil crescera ou em um todo harmónico ou em varias Brasis que degladiar-se-ão uns com os outros. O Nordeste já perdeu o avião do processo de industrialização via substituição de importação. A hora é chegada de pegara Ultimo avião da integração econômica do Brasil, pois caso isto não ocorra, talvez não deixemos para as gerações futuras sequer o aeroporto.
Muito obrigado.
TABELA 1
BRASIL E NORDESTE
TAXAS DE CRESCIMENTO DO PRODUTO INTERNO BRUTO
1960 – 1981 ( % )
ANOS |
BRASIL |
NORDESTE |
VARIAÇÃO ANUAL |
VARIAÇÃO ANUAL |
|
1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 (*) 1985 (*) 1986 (*)
|
- 10,3 5,2 1,5 2,9 2,7 3,8 4,8 11,2 9,9 8,8 12,0 11,2 14,0 9,5 5,6 9,7 5,4 4,8 6,7 7,9 - 1,9 0,9 - 3,2 4,5 8,3 8,2 |
- 4,1 6,1 4,6 5,9 2,6 2,1 11,6 4,2 6,0 0,5 13,9 9,2 11,0 5,9 14,1 6,2 9,2 6,9 5,4 4,1 - 0,5 3,6 - 5,6 6,0 5,0 9,7 |
FONTE: Brasil – Centro de Contas Nacionais – DCS. IBRE.FGV (Conjuntura Econô mica, vol. 31 – nº 2 e 7, vol 33 nº 2 ).
NORDESTE – SUDENE – CRP – Divisão de Contas Nacionais
NORDESTE: 1982 – 1986 – RELATÓRIO ANUAL BACEN – 1985
(*) Dados sujeitos a retificação.
TABELA 2
Evolução da Receita Tributária e Comportamento da Arrecadação do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas em Relação às Opções 34/18 e FINOR
Preços Históricos –
1962 - 84
Cr$ 1.000.000
FONTE: Boletins da Estatística Tributária da Receita Federal ( Dados fornecidos pela SUDENE).
(*) – Início das opções do FINOR.
TABELA 3
Projetos Paralisados
Posição em 31.07.85
ESTADO |
NÚMERO DE PROJETOS |
Incentivos Liberados (+) (Cr$ bilhões de jun/85 ) |
MA PI CE RN PB PE AL SE BA MG
TOTAL
|
11 14 29 20 44 90 09 03 57 19
296 |
70 70 321 156 465 609 13 25 416 399
2.454 |
FONTE: Dados básicos fornecidos pela SUDENE.
TABELA 4
Sistema de Incentivos Fiscais
Distribuição dos Incentivos Liberados, conforme a situação dos Projetos
Situação Atual |
Valor dos Incentivos Liberados Até 31.07.85 (Cr$ trilhões de jun/85) |
Distribuição Percentual |
Funcionamento e Implantação Paralisados
TOTAL |
25,8 2,5
28,3 |
91,2 8,8
100,00
|
FONTE: Dados básicos fornecidos pela SUDENE
TABELA 5
NORDESTE
Arrecadação Estadual de IPI
Abr/1984 – Mar/1985
Valor em Cr$ Milhões
Estados |
Arrecadação |
Arrecadação das 20 Maiores Empresas |
Arrecadação das Empresas participantes do Sistema de Incentivos entre as 20 Maiores |
Maranhão Piauí Ceará R.G.Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia
TOTAL
|
5.398 22.251 39.874 1.989 8.977 475.991 2.919 2.665 317.391
877.282 |
4.069 21.918 33.874 1.391 7.458 124.051 1.756 2.292 167.958
364.767 |
1.640 20.673 25.549 1.073 5.498 88.943 983 1.186 158.842
304.387 |
FONTE: Dados básicos fornecidos pelo M.F. – SRF – DRF dos Estados.
TABELA 6
ESTIMATIVA DAS PERDAS NORDESTINAS
ORIUNDAS DA EXTINÇÃO DO
“FUNDO DAS SECAS”
1967 - 1986
ANOS |
RECEITA TRIBUTÁRIA DA UNIÃO
CZ$ MIL, JUNHO/ 87 |
RECURSOS QUE SERIAM DESTINADOS AO BNB ATRAVÉS DO FUNDO DAS SECAS. (0,008 DA RECEITA TRIBUTÁRIA) (Cz$ MIL JUNHO 87)
|
1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985* 1986* |
130.941,18 208.685,47 250.650,50 268.838,24 454.671,81 368.266,84 435.782,27 486.917,25 501.676,74 598.875,73 606.238,40 602.282,25 611.874,52 732.170,73 694.677,34 1.172.999,12 2.657.167,94 8.210.366,62 17.858.182,82 91.758.351,32 |
1.047,52 1.669,48 2.005,20 2.150,70 3.637,37 2.946,13 3.486,25 3.895,33 4.013,41 4.791,00 4.849,90 4.818,25 4.895,00 5.857,36 5.557,41 9.384,00 21.257,34 65.682,93 142.865,06 734.066,81
|
TOTAL |
128.609.617,09 |
1.028.876,45
|
FONTE: 1982 – 1986 – ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL
(*) Receita Tributária Estimada
TABELA 7
DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS INCENTIVOS FISCAIS,
SEGUNDO AS ÁREAS DE APLICAÇÃO ( a )
1962 – 1985
FONTE: DOS DADOS ORIGINAIS: Centro de Informações Econômico-Fiscais – CIEF-MF
DIVISÃO DE INCENTIVOS FISCAIS DO BNB – (DIFIS)
Nota. (a) Exclui Incentivos do Estado do Espírito Santo, EMBRAER e MOBRAL
TABELA 8
INDICADORES SÓCIO-ECONÔMICOS
POSIÇÃO RELATIVA NORDESTE/BRASIL
VARIÁVEIS |
ANO DE REFERÊNCIA |
% |
Força de trabalho sem rendimento Consumo de cal/comensal – Dia Consumo de Proteínas/ comensal – Dia Leitos hospitalares/ 1.000 hab. Nº de médicos/ 1.000 hab.
|
1984 1976 1976 1982 1982 |
40,5 12,5 5,3 61,9 64,3 |
FONTE: COEGE/ETENE
TABELA 9
INDICADORES SÓCIO-ECONÔMICOS
1984
ESPECIFICAÇÃO |
NORDESTE |
SUDESTE |
BRASIL |
População Economicamente Ativa
|
27,6 |
45,8 |
- |
Força de trabalho sem rendimentos
|
14,4 |
4,3 |
9,7 |
Até 1 salário Mínimo
|
47,1 |
28,6 |
32,5 |
Mais de Três Salários Mínimos
|
9,7 |
25,5 |
20,0 |
FONTE DOS DADOS ORIGINAIS: F.IBGE – Tabulações Avançadas do Censo Dem gráfico – 1980 – Resultados Preliminares.
Percentuais Calculados pelo Núcleo Regional do IEL.
TABELA 10
RENDA INTERNA TOTAL E “PER CAPITA”
DO NORDESTE E BRASIL
1960 – 1985
(Em valores correntes )
ANOS |
BRASIL |
NORDESTE |
RI NE |
RCP NE |
||
RENDA INTERNA CR$ Milhões |
RENDA “ PER CAPITA” Cr$ 1,00 |
RENDA INTERNA |
RENDA “ PER CAPITA” |
RI BR (%) |
RCP BR (%) |
|
1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 *1982 1983 1984 1985
|
2.281,9 3.433,7 5.682,8 10.174,8 19.462,8 36.666,7 51.512,7 70.667,5 98.248,0 129.187,7 168.773,2 227.357,2 298.703,2 414.075,1 610.409,3 883.318,2 1.402.419,4 2.104.961,7 3.131.090,0 5.321.810,0 11.104.579,4 22.864.329,0 45.302.375,4 107.982.901,3 347.440.924,0 1.246.179.391,1
|
33 48 77 133 248 454 620 826 1.117 1.427 1.812 2.383 3.057 4.136 5.950 8.402 13.015 19.057 27.648 45.828 93.238 187.221 361.716 841.493 2.639.649 9.229.037 |
338,0 484,9 851,7 1.484,4 2.925,6 5.071,7 7.033,5 9.590,2 12.749,0 16.576,9 20.625,3 28.602,9 37.976,6 54.861,3 75.913,8 112.628,0* 173.722,2* 259.588,1* 384.969,2* 324.420,0* 1.301.291,3* 2.718.397,5* 5.506.689,8* 15.694.333,7 51.222.224,7 179.448.100,3 |
15 21 37 62 120 203 275 366 476 604 734 996 1.294 1.830 2.478 3.598 5.432 7.944 11.530 18.302 37.327 76.310 151.276 422.700 1.350.231 4.629,593 |
14,8 14,1 15,0 14,6 15,0 13,8 13,7 13,6 13,0 12,8 12,2 12,6 12,7 13,2 12,4 12,8 12,4 12,3 12,3 11,7 11,7 11,9 12,2 14,5 14,7 14,4 |
45,5 43,8 48,1 46,6 48,4 44,7 44,4 44,3 42,6 42,3 40,2 41,8 42,3 44,2 41,6 42,8 41,7 41,7 41,7 39,9 40,0 40,8 41,8 50,2 51,2 50,2 |
FONTE: Para Renda Interna:
Brasil : Centro de Contas Nacionais – DCS/IBRE/FGV
Revista “ Conjuntura Econômica”. Vol. 25, nº 9, setembro 1971 de FGV.
Revista “ Conjuntura Econômica”. Vol. 31, nº 7, julho 1977
Revista “ Conjuntura Econômica”. Vol. 33, nº 12, dezembro 1979
Revista “ Conjuntura Econômica”. Vol. 35, nº 12, dezembro, 1981
Revista “ Conjuntura Econômica”. Vol. 36, nº 05, maio 1982
Anuário Estatístico do Brasil – 1982
Nordeste: Revista “ Conjuntura Econômica”. Vol. 35, nº 25, setembro 1971
Revista “ Conjuntura Econômica”. Vol. 31, nº 7, julho 1977
“ Produto e Formação Bruta de Capital do Nordeste do Brasil – 1965/81 – Recife – SUDENE CPR, 1982 (Foram utilizados 95% do PIBc.f )
Para População:
BNB – ETENE - Estimativas com base na Taxa Geométrica de Crescimento Anual, calculada com dados definitivos dos Censos Demográficos da Fundação I.B.G.E. de 1960,1970 e preliminares de 1980. Os dados de 1960 em diante se referem à População Residente.
NOTAS: (*) Dados provisórios.
(**) Estimativa BNB-ETENE, com base em 95,4% de inflação e crescimentos reais estimados de 1,4% para o Brasil e 3,67% para o Nordeste.
TABELA 11
NORDESTE
VARIAÇÕES ANUAIS DO PIBcf
1960 – 85
ANOS |
INDÚSTRIA E SERVIÇOS INDUSTRIAIS DE UTILIDADE PÚBLICA ( % ) |
TOTAL
|
1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 |
- 7,2 6,5 1,8 5,2 6,7 10,7 6,5 15,0 8,2 7,6 3,8 9,2 10,8 10,4 6,2 14,8 6,8 14,4 14,6 2,7 -1,7 2,4 -3,7 0,3 9,0
|
- 4,1 6,1 4,6 5,9 2,6 2,0 11,2 4,0 5,5 -0,5 14,4 9,1 10,7 4,5 10,5 10,9 10,9 11,3 8,8 6,4 -0,5 3,6 -5,6 6,0 5,0 |
FONTE: SUDENE/e PR/CR/ Divisão de Contas Regionais. ( Novo Estudo que considera res tados finais do censo de 1975).
NOTA: Estimativa ETENE
TABELA 12
PESSOAS DE 5 ANOS E MAIS QUE SABEM LER E ESCREVER
NAS REGIÕES NORDESTE, SUDESTE E SUL DO BRASIL.
1980
REGIÕES |
PESSOAS QUE SABEM LER E ESCREVER COM 5 ANOS E MAIS ( A ) |
PESSOAS DE 5 ANOS E MAIS
( B ) |
RELAÇÃO PERCENTUAL
( A/B ) |
NORDESTE
SUDESTE
SUL
BRASIL
|
13.971.851
35.037.711
13.270.291
70.387.991 |
29.266.164
45.293.263
16.638.298
102.421.730 |
47,7
79,1
79,8
68,7 |
FONTE: ETENE (BNB)
TABELA 13
PESSOAS DE 5 ANOS E MAIS ALFABETIZADAS NAS
SEGUINTES REGIÕES METROPOLITANAS
1985
FONTE: PNAD – 1985
NOTA: Não inclui população rural.
TABELA 14
Custo do Emprego gerado nos Projetos Industriais aprovados pela SUDENE
US$ de 1975
ANOS |
CUSTO |
1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 |
23.979 39.598 57.972 51,797 43,304 49,355 45,906 20,452 55,555 19,426 35,352 19,755 17,117 18,943 |
FONTE: BNB/SETIN