Comitiva da FIEC entrega ao presidente Bolsonaro protocolo de reivindicações para alavancar economia cearense
Nesta quarta-feira (11/12), uma comitiva da FIEC, liderada pelo presidente Ricardo Cavalcante, participa de encontro na Confederação Nacional da Indústria (CNI) com o presidente Jair Bolsonaro. Na oportunidade, os industriais entregaram um protocolo de reivindicações para alavancar a economia do Ceará.
A entrega acontece no contexto de homenagem concedida pela CNI ao presidente Bolsonaro, com o Grande Colar da Ordem do Mérito Industrial, a mais alta condecoração entregue pela CNI somente a presidentes da República. Em pronunciamento no evento, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, disse que a reforma tributária, os investimentos em infraestrutura e o fortalecimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devem estar entre as prioridades do Brasil em 2020. O evento reuniu 650 empresários na sede da CNI, em Brasília.
Durante a apresentação, Robson Andrade lembrou que a economia se recupera, gradualmente, da mais longa e profunda recessão da história. Destacou que, em outubro, o faturamento da indústria cresceu 1,3% frente a setembro e acumulou cinco altas consecutivas. A utilização da capacidade instalada alcançou 78% e a indústria da construção registou o maior crescimento dos últimos sete anos.
RECUPERAÇÃO ECONÔMICA - A reação da economia, segundo o presidente da CNI, é resultado das medidas que vem sendo adotadas pelo governo, como a modernização das relações do trabalho, a reforma da Previdência e as ações voltadas à redução da burocracia. “O presidente Bolsonaro vem cumprindo as promessas que fez aos empresários durante a campanha do ano passado”, afirmou Robson Andrade.
A AGENDA DA INDÚSTRIA - Robson Andrade destacou ainda que a indústria defende uma reforma tributária que crie substitua tributos federais, estaduais e municipais pelo Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) Nacional. A reforma também deve criar um fundo de desenvolvimento regional, que incentive os investimentos em áreas menos favorecidas e busque a redução das desigualdades entre as diversas regiões do país.
Além disso, o presidente da CNI lembrou que o BNDES é fundamental para a inserção do Brasil na economia global. Por isso, a indústria defende a manutenção da atual destinação da parcela do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ao banco. Na avaliação da indústria, o BNDES deve ampliar os financiamentos para projetos de infraestrutura, apoiar a internacionalização das empresas e a modernização da estrutura produtiva nacional.
Na área de infraestrutura, Robson Andrade disse que a CNI apoia a aprovação de um novo marco do saneamento básico e o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), que prevê concessões de ferrovias, aeroportos, portos e rodovias e a privatização da Eletrobrás e dos blocos de exploração do pré-sal. “Nós confiamos e estamos dispostos a contribuir com o seu governo”, concluiu Robson Andrade, depois de apresentar a Jair Bolsonaro e à plateia dados que confirmam a importância da indústria das ações do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e do Serviço Social da Indústria (SESI) para a formação dos trabalhadores e o aumento da produtividade da indústria.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL - Durante o encontro, o presidente da CNI assinou dois acordos com o governo. Um do SENAI com o Ministério da Economia, que prevê a oferta de 1,32 milhão de matrículas em cursos do SENAI, assim como o atendimento de 46,8 mil empresas até 2022 com consultorias e serviços técnicos. Serão ofertadas matrículas no âmbito do Programa Emprega Mais e ampliado o Brasil Mais Produtivo, programa do governo federal executado pelo SENAI, que utiliza técnicas de manufatura enxuta (lean manufacturing) para elevar a produtividade das indústrias.
Já com o SESI foi firmado plano de trabalho dentro de acordo que já havia sido assinado com o Ministério da Cidadania para o atendimento a 800 mil jovens de 18 a 29 anos, inscritos no Cadastro Único do governo federal, com prioridade para beneficiários do Bolsa Família. Serão oferecidos cursos de acompanhamento pedagógico em língua portuguesa e matemática, desenvolvimento de habilidades socioemocionais, integrados a cursos de qualificação técnica. "Esse programa ajudará a promover a empregabilidade e a geração de renda dessa parcela da população em situação de vulnerabilidade", afirmou o presidente da CNI, Robson Andrade.