Saúde suplementar nas indústrias é tema de debate no SSMA Summit Vicunha, com participação do SESI Ceará
O cenário da saúde suplementar nas indústrias brasileiras foi tema de mesa-redonda realizada durante o SSMA Summit Vicunha, nesta quinta-feira (17/07), com a participação do Médico Coordenador de Saúde e Segurança do Trabalho do SESI Ceará, Alexandre de Lima. O evento, promovido pela Vicunha Têxtil, reuniu profissionais e especialistas para discutir temas relacionados à segurança, saúde do trabalho e meio ambiente nas organizações.
O debate abordou os desafios das empresas para a oferta de planos, seguros e serviços de saúde e a necessidade de estratégias de promoção da saúde dentro dos ambientes de trabalho, de forma a reduzir custos com a saúde suplementar e também garantam mais qualidade de vida aos colaboradores. Além de Alexandre de Lima, participaram da atividade o Gerente Geral de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Vicunha Têxtil, Cristiano Gomes, a Coordenadora de Remuneração e Benefícios da Vicunha Têxtil, Anne Meyre Nunes, e o Consultor Michell Ways.
Segundo Alexandre de Lima, a saúde suplementar já representa o segundo maior custo nas empresas, perdendo apenas para os custos com folha de pagamento. “O custo em saúde, que é um benefício para os seus funcionários, representa um valor altíssimo, e isso tem que ser gerenciado. Então, saúde suplementar é um tema não só para Vicunha, mas para o país inteiro. A inflação médica que regula o reajuste desses planos é muito superior à inflação geral da economia, então muitas empresas têm dificuldade de manter esse benefício”, explica.
Para o Médico do Trabalho do SESI Ceará, uma das alternativas para equilibrar os gatos é que as empresas invistam em ações de prevenção que melhorem os indicadores de saúde dos trabalhadores e minimizem a necessidade de uso dos planos de saúde.
“É possível que a gente consiga promover, por exemplo, atividades de promoção da saúde nas empresas, de qualidade de vida, de gestão de saúde, de atividade física e atividades nutricionais para reduzir custos e otimizar o uso do plano de saúde nas empresas”, complementa.
Michell Ways alerta para a necessidade de mudança no modelo de gestão da saúde nas empresas, para que o bem-estar dos trabalhadores seja tratado de forma estratégica e não apenas como benefício. “Se isso não for tratado por toda a corporação e não apenas por um diretor ou CFO na hora do reajuste, olhando só para o custo em si, a gente não vai conseguir sair do modelo mental de só olhar custo. O plano de saúde é um dos benefícios mais percebidos, então tem que ser estratégico para a companhia como um todo, já que tem efeitos colaterais de produtividade e absenteísmo”, aponta.
Já a Coordenadora de Remuneração e Benefícios da Vicunha Têxtil, Anne Meyre Nunes, destaca que o momento atual é de transformação no olhar das organizações sobre a saúde suplementar. “Estamos deixando de ver o plano de saúde como um dano, um custo, e atuar de forma reativa, só na doença. A partir do momento que existe na empresa programas que trazem a prevenção, já é o início de uma mudança de cultura onde o foco é cuidar dos colaboradores para que evitem um afastamento no futuro. É uma mudança de cultura”, ressalta.
Parceria
Cristiano Gomes lembra que esta é a segunda participação do SESI Ceará no SSMA Summit Vicunha, frisando a importância da parceria entre as duas organizações na área de saúde e segurança do trabalho. “Hoje o SESI Ceará participa no nosso programa de saúde, o PraSer Saúde, é um parceiro chave. Também temos uma parceria com SESI junto ao MES, o Movimento Empresarial pela Saúde. E, além dos atendimentos psicológicos em que eles nos auxiliam, temos visto o SESI uma inovação com produtos que possam agregar aos nossos conceitos e evoluir com praticidade para a indústria”