Com o uso da educação inclusiva, é possível transformar o ensino em uma experiência acessível para todos os estudantes de acordo com as suas necessidades. Por isso, a Unidade de Educação e Cultura (UNEC) do SESI Ceará realizou a Semana da Inclusão entre os dias 15 e 19 deste mês na Escola SESI SENAI Centro, como forma de capacitar os coordenadores, supervisores, docentes, estagiários e psicólogos das Escolas SESI SENAI do Ceará quanto às melhores práticas educacionais para alunos neurodivergentes.

O Diretor Regional do SENAI Ceará e Superintendente Regional do SESI Ceará, Paulo André Holanda, expressou a sua satisfação ao presenciar a iniciativa. “Deixo os meus agradecimentos aos colaboradores que participaram dessa semana, inclusive aqueles que acompanharam de Sobral e de Juazeiro, de forma online. Estamos frente a um desafio para a entrega de um ensino de qualidade, oferecido pelo SESI Ceará para a sociedade. É motivo de orgulho.”

Ao longo da formação, a psicopedagoga Eyla Cavalcante abordou a temática de inclusão no ambiente escolar e de transtornos que afetam o processo de aprendizagem, como dislexia, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), síndrome de down, deficiência intelectual e o espectro autista. “Hoje, os professores encontram dificuldades ao lidar com crianças atípicas pela grande demanda que está surgindo na comunidade escolar. Desse modo, o sistema educacional está preocupado em qualificar esses docentes. Esse conhecimento se faz necessário para adaptar o ensino e conversar com as famílias sobre uma intervenção, amenizando os prejuízos que o estudante possa ter no futuro”, afirma.

Na ocasião, o coordenador de educação inclusiva, Douglas Carioca, ressaltou a importância do Plano Educacional Individualizado (PEI) no cotidiano escolar. “Essa ferramenta faz parte da legislação sobre educação inclusiva, sendo essencial na orientação das melhores práticas educacionais para cada estudante. O documento é preenchido de acordo com o diagnóstico ou a dificuldade que determinado aluno possui, direcionando as atividades que serão desenvolvidas durante o ano letivo.”

Outro ponto de destaque foi a participação dos colaboradores que trocaram experiências, tiraram suas dúvidas e puderam identificar sinais de comportamentos neurodivergentes em seus alunos. “Um ponto alto da formação foi quando eu compreendi algumas questões do cotidiano que eu não havia entendido antes. Por exemplo, as falas da palestrante me lembraram de uma conversa com uma professora, em que ela falou sobre um estudante que tem dificuldades com percepção visual”, relata a psicóloga do SESI Maracanaú, Nathaiana Lucas.

Para a professora da Escola SESI SENAI Maracanaú, Nayane Holanda, o evento transformou o seu olhar sobre o ensino. “Consegui elucidar várias dúvidas em relação ao aprendizado de alunos atípicos e, principalmente, adquirir conhecimento sobre as necessidades desse público. A perspectiva apresentada foi enriquecedora e forneceu um bom embasamento para lidar com esse tema tão presente no dia a dia. Juntar a teoria das palestras e a prática do cotidiano é um exercício muito interessante que, com certeza, vai impactar no olhar que usarei no segundo semestre.”

A Semana da Inclusão reforça o compromisso da Rede de Escolas SESI SENAI e da UNEC com a educação inclusiva e de qualidade, reafirmando a importância de preparar os educadores para atender às demandas da neurodiversidade no ambiente escolar.

“A Instituição traz a inclusão como um emblema e nos forma, como profissionais, para lidar da melhor maneira com os estudantes no dia a dia”, declara a estagiária da Escola SESI SENAI Centro, Ana Cecília Costa.