Especialista em tancagem de portos alerta para riscos no Porto do Mucuripe

Em visita à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), o francês especialista em tancagem de portos, Jonathan Royer-Adnot, alertou para os atuais problemas do Porto do Mucuripe com relação à localização da tancagem de líquidos e GLP. Na opinião do empresário, os dois principais riscos do terminal são segurança e desabastecimento. Para ele, a idade do terminal e a multiplicação de tancagens pequenas e próximas tornam o empreendimento inseguro. “Em caso de acidentes, o efeito cascata pode ser devastador para as instalações e os entornos. Reformar o terminal para torná-lo seguro pode custar tanto ou mais que um novo terminal”, aponta.

Sobre a possibilidade de desabastecimento, Jonathan a classifica como um “risco real”, uma vez que a capacidade de armazenamento do terminal está com seu volume no nível máximo, necessitando urgentemente de uma ampliação. “Qual é o custo de ficar uma semana sem GLP para a população ou para a indústria? Na Austrália, em 2008, uma falha da rede de distribuição de gás custou U$ 20 bilhões”.

No dia de ontem, o Conselho de Relações Internacionais da FIEC realizou um almoço com conselheiros, especialistas e convidados para discutir o assunto. Para o presidente do CORIN, Marcos Veríssimo de Oliveira, é fundamental que as autoridades busquem soluções para esta questão. “No mundo já existe tecnologia desenvolvida para o armazenamento adequado de combustíveis, e o Ceará precisa estar atento a isso”.

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