Ideias em Debate: Paulo Zottolo estimula empresariado cearense a internacionalizar suas marcas no exterior
Industriais cearenses e presidentes de sindicatos com associados que exportam ou desejam ingressar com empresas e marcas no mercado internacional, diante do mercado interno abalado com as instabilidades política e econômica, acompanharam atentos na noite de terça-feira (14/6), a palestra do 16º convidado da FIEC do Fórum Ideias em Debate, o fundador e CEO da empresa ZM USA LL e ex- CEO da Nivea no Brasil e EUA e Philips Eletronics para América Latina, Paulo Zottolo. Ele explicou porquê é bom internacionalizar as operações e marcas de produtos de consumo de empresas brasileiras e deu dicas de como entrar no mercado internacional.
Em um auditório Luis Esteves lotado, o presidente da FIEC, Beto Studart, disse que considera o palestrante uma figura ousada e um cidadão do mundo. "A partir dessa inspiração, fico imaginando nós empresários cearenses com o receio de avançar fora do nosso Estado e do País. Falta coragem de ter medo. Precisamos desse ambiente de ousar e ter medo de pensar pequeno. Vamos pensar grande, não custa nada. Assim, vamos conquistar o Ceará, Brasil e o mundo. A conquista do mundo depende da nossa determinação. Por isso, trouxemos o Paulo Zottolo para falar dessa experiencia de ousadia", estimulou.
Citando escritores cearenses como Rachel de Queiroz, José de Alencar e Quintino Cunha, Paulo Zottolo contou sua experiência profissional como gestor maior em multinacionais e como conseguir montar sua empresa para montagens de startups que atuam com produtos de consumo. Ele ilustrou a palestra com exemplos de comerciais com artistas e modelos brasileiros dentro da estratégia de regionalizar marcas internacionais no Brasil.
Para ele, uma marca só conquista as pessoas com audácia e coração. "Um bom produto tem que ter uma marca que emocione por meio de uma comunicação com artistas conhecidos e próximos do público. A empresa é multinacional, mas a comunicação do produto deve ser regional", defende Zottolo, enfatizando que a marca Brasil pode fazer o mesmo lá fora enaltecendo as mulheres, a natureza exuberante do país e a sua musicalidade.
O palestrante elogiou o trabalho da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) em reforçar a marca Brasil no exterior quebrando com a lógica da economia brasileira de só exportar produtos e commodities e da cultura nacional de só valorizar as marcas importadas. "Nesse momento de crise no Brasil, o empresário local deve abrir os olhos para fora do país. Se o empresário é audacioso, sabe o que faz e conhece o mercado pode correr o risco lá fora. Mais de 50% dos empresários presentes aqui conseguem", reforçou Zottolo, ao declarar que a ocasião faz o homem e a empresa e que a empresa é feita de ocasião.
Paulo Zottolo também deu dicas de como o empresário brasileiro deve agir para entrar no mercado externo. "Seja corajoso e visionário; não seja amador e faça logo uma pesquisa de mercado; participe de feiras setoriais para conhecer o concorrente; trabalhe com gente local; regionalize e aprenda a cultura local; faça a adaptação do produto sem perder a cultura da empresa e o posicionamento da marca; tenha planos auxiliares; seja rápido para mudar e se adaptar; e confie que o resultado vem ao longo prazo", aconselhou.
Ao final, o palestrante deixou uma frase como reflexão de autoria da escritora Rachel de Queiroz: " Cada coisa tem sua hora, cada hora o seu cuidado".
SERVIÇO: O Centro Internacional de Negócios é a unidade da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) que auxilia os empresários cearenses a ingressarem no mercado exterior. Mais informações: (85) 3421-5420/ http://www.cin-ce.org.br.
