IEL Ceará promove diálogo sobre negócios de impacto social e economia 2.5 no Hub Experience Day

O poder de transformar a sociedade por meio de negócios inovadores foi o tema da edição do Hub Experience Day desta quarta-feira, 27/09, promovido pelo Hub de Inovação do Instituto Euvaldo Lodi (IEL Ceará). Com a presença de startups, empreendedores e representantes da sociedade civil, o evento debateu o cenário dos negócios de impacto social e da economia 2.5, encabeçado por organizações de fins lucrativos que se propõem a resolver problemas socioambientais.

O painel de palestrantes reuniu a Coordenadora da Coalizão pelo Impacto em Fortaleza, Bia Fiúza; a Líder do Comitê de Empreendedorismo do Grupo Mulheres do Brasil em Fortaleza, Vera Lima; o Cofundador da Casa Azul Ventures, André Filipe Dummar;o CEO da Seniortech Ventures, Fernando Potsch; e a Fundadora da Susclo, Luciana Valente.

“O Hub Experience Day foi pensado para debater temas que são pouco conversados pelo sistema local de inovação. Nesse sentido, esse tema da economia 2.5 traz a possibilidade de debater os negócios de impacto social, que são empreendedores focados em trabalhar inovação em prol do social, mas que também precisam de gestão empresarial, de time, de sustentabilidade”, destaca o Especialista em Inovação do IEL Ceará, Fábio Braga.

Segundo ele, além de possibilitar que essas empresas apresentem seus modelos de negócio e desmistificar o tema, a iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do IEL Ceará, permite o diálogo entre diversos setores sobre pautas relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas. 

“As empresas têm buscado muito isso no momento atual com FIEC, através do Selo ESG e ações de impacto. Quem sabe a partir daqui possamos atrair mantenedores e empresários interessados em expandir seu modelo de atuação ou em saber como ter um projeto de impacto social na sua empresa”, acrescentou.

Bia Fiúza, da Coalizão pelo Impacto, destacou que os negócios de impacto fazem parte de uma nova tendência no mercado, refletindo o papel da iniciativa privada na solução de questões sociais e ambientais. Segundo ela, a possibilidade de aproximar essas empresas e a indústria pode gerar resultados positivos.

“É maravilhoso ver o IEL se aproximando desse ecossistema, abraçando essa tendência e conectando com a inovação. Existem muitas possibilidades na articulação com a indústria, tanto pensando nesses negócios como potenciais parceiros em processos de inovação aberta ou em fornecer serviços, por exemplo”, disse.

Já Filipe Dummar, da Casa Azul Ventures, que atua na aceleração de startups, incluindo empresas de impacto social, defendeu que os negócios com senso de consciência coletiva são mais atentos ao processo de crescimento e mais propensos a prosperarem.  

“A partir do momento em que fundamos um negócio, ele já não é mais nosso, é da sociedade. Então, precisamos ter capacidade de compreensão de que a necessidade individual não pode estar em um patamar acima do desenvolvimento coletivo”, pontuou. “É muito rico poder trabalhar com essas diferentes perspectivas para analisar o cenário da economia 2.5 e o IEL tem legitimidade de fazer esse processo”, acrescentou.

Vera Lima, do Grupo Mulheres do Brasil, também ressaltou a importância de unir diferentes setores para discutir e incentivar esse novo modelo de negócios. “Essa é uma luta de toda a sociedade, não apenas de um setor. Unir forças é importante para que a sociedade possa crescer de forma tranquila, estruturada e para que haja equidade maior entre as pessoas”, frisou.

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