Projeto Perfis Profissionais para o Futuro discute tendências para formação de capital humano dos setores de Sustentabilidade, Água e Meio Ambiente

O Observatório da Indústria do Ceará recebeu, nesta terça-feira (26/09), representantes do setor produtivo, de instituições de ensino superior e pesquisa, de órgãos governamentais e do terceiro setor, em mais um painel do projeto “Perfis Profissionais para o Futuro”. Desta vez, com foco estratégico nos setores de Sustentabilidade, Água e Meio Ambiente. Os convidados foram recebidos pelo Líder de Inovação da FIEC, Sampaio Filho; pelo Gerente do Observatório da Indústria, Guilherme Muchale; pela Gerente da Unidade de Educação do SENAI Ceará, Sônia Parente; e pelo Presidente do Sindicato das Empresas de Reciclagem de Resíduos Sólidos Domésticos e Industriais (Sindiverde-CE), Mark Augusto Pereira.

“O projeto tem como objetivo a identificação dos perfis profissionais que serão demandados pela sociedade e pelo setor produtivo, para as próximas duas décadas. As temáticas da sustentabilidade e do meio ambiente são essenciais para o desenvolvimento sustentável no Ceará, ainda mais quando pensamos em reduzir o diferença no que se refere à grande maioria dos indicadores de desenvolvimento sustentável que nosso estado tem, frente à média do país - sabendo que a média nacional ainda tem um caminho grande a percorrer, até alcançar o que é considerado um país desenvolvido”, explicou Muchale.

Para que isso se torne possível, foram formados grupos de discussão com esses representantes de diversos setores, mediados por profissionais do Sistema FIEC. “É importante que estejamos atentos e consigamos construir coletivamente com quem está na ponta, formando os profissionais atualmente, trabalhando as temáticas dentro de empresas, instituições de pesquisa e governo”, acrescentou o Gerente do Observatório da Indústria.

Sônia Parente, Gerente da Unidade de Educação do SENAI Ceará, frisou o papel estratégico do trabalho. “Nós, enquanto SENAI, sabemos da importância de um trabalho como este, de identificar as competências que serão exigidas dos profissionais que vão lidar com desafios tão relevantes. A capacitação das pessoas é muito relevante, neste processo. O SENAI, através de sua metodologia de educação profissional, forma profissionais com os perfis que a sociedade e a indústria precisam, como diferencial em seus produtos e serviços”.

Mais de 20 perfis traçados

Esta edição do projeto teve como resultado a elaboração de mais de 20 perfis profissionais, com suas respectivas atividades e domínios. Segundo o Coordenador de Prospectiva e Cooperação Estratégica do Observatório, Lucas Silveira, todo o material produzido será publicado no site da plataforma e disponibilizado para consulta, contribuindo, assim, para o desenvolvimento socioeconômico do Estado. 

“Esse conteúdo ficará disponível para uso tanto da academia, da indústria, quanto do próprio Sistema FIEC e da sociedade civil, buscando subsidiar com informações o desenvolvimento de perfis profissionais até 2035”, afirma.

Presente na atividade, a Diretora-Geral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) de Maracanaú, Rossana Barros, afirmou que o projeto da FIEC será de suma importância para orientar as universidades em processos de adequação de currículos e criação de novos cursos.

“Muitas vezes são necessárias mudanças nos projetos pedagógicos, e ter esse documento como referência, apontando o que de fato o mercado precisa, vem para nos ajudar”, destaca a Diretora. “Diante de tudo o que a universidade já tem de fazer, elaborar uma pesquisa de mercado como essa iria demandar tempo, recursos e profissionais. Por isso, a Federação nos entregar esse documento pronto vai contribuir muito”, completou.

Cybelle Borges é Especialista em Sustentabilidade da Cimento Apodi, indústria com forte atuação no Ceará. Ela foi uma das convidadas do painel e avaliou positivamente a iniciativa.

“Esta iniciativa é de extrema relevância, principalmente pelo formato colaborativo de construção com universidades, setor produtivo e governo, porque é algo complexo. Já estamos com as demandas de necessidade de termos profissionais de diversos níveis, com um olhar de sustentabilidade, considerando o tripé social, ambiental e governança (ESG) - isso é urgente”, afirmou.

Com atuação no setor de Meio Ambiente, a Diretora de Relações Institucionais da Ambiental Ceará, Águeda Muniz, ressaltou que a participação de representantes de diversos setores no debate é indispensável para a concepção de perfis profissionais mais completos, baseados não apenas no aspecto técnico.

“Esse momento onde vários segmentos produtivos se encontram para definir perfis é extremamente relevante para criar o perfil ideal, que vai ser um perfil mais holístico, que vai interagir mais com as novidades que o século 21 traz em termos de tecnologia, comportamento e cultura”, avaliou.

Representando a Coalizão pelo Impacto, a Coordenadora Bia Fiúza reconhece o papel da Federação das Indústrias do Estado do Ceará em trabalhar pelo futuro do trabalho. “Acho muito ricos este momento e o lugar que a FIEC ocupa de pensar as estratégias, antever as tendências e estruturar todo o setor para que estejamos preparados para o futuro. Atuo com negócios e investimentos de impacto, e precisamos de profissionais de diversos perfis para empreender, investir, comprar, ter uma visão macro das problemáticas complexas, para atuar em diferentes frentes - seja na economia ou tecnicamente. Este momento vai nos apoiar, não só no ecossistema de negócios de impacto, como em todos os setores da economia, para olhar para os problemas sociais e ambientais, e buscar resolvê-los”, afirmou.

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