FIEC recebe workshop da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha sobre financiamento para projetos de hidrogênio verde

Com apoio da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK Rio) promoveu, nesta terça-feira (22/08), o workshop Conexão Brasil - Alemanha para discutir possibilidades de financiamento para projetos de hidrogênio verde no Ceará e apresentar experiências exitosas do país europeu na área.

O evento aconteceu na Casa da Indústria e contou com as participações do Presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante; do Diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da AHK Rio, Ansgar Pinkowski; do Consultor de Energia da FIEC, Jurandir Picanço; do Diretor Regional do SENAI/CE e Superintendente do SESI/CE, Paulo André Holanda; da Coordenadora do Programa H2Uppp no Brasil, Isabela Santos; Eduardo Tobias,Sócio da Watt Capital ; do Diretor de Planejamento do Banco do Nordeste, José Ademir Freire; do Gerente de Inteligência do BNDES, Guilherme Arantes; e do Diretor Executivo da AHK Rio, Hanno Erwes. Também participaram do evento o 1º Vice-Presidente da FIEC, Carlos Prado; o ex-Presidente da FIEC, Roberto Macêdo; a Vice-Presidente da FIEC e secretária de Relações Internacionais do Ceará, Roseane Medeiros.

Ricardo Cavalcante recebeu os convidados ressaltando os esforços da FIEC no fomento à produção de energias renováveis, em especial do hidrogênio verde, no Estado. Segundo o Presidente da instituição, há disponibilidade de recursos para o desenvolvimentos dos projetos, mas é necessário discutir quais são os financiamentos mais adequados para as empresas que devem operar no Ceará.

“Não faltam recursos. O que precisamos mais do nunca é compreender que a AHK está aqui hoje para discutir que tipo de financiamento a gente vai precisar para produzir hidrogênio para exportar’, afirmou. “Essa produção de hidrogênio verde que vai começar a ser feita aqui não vai só dar dinheiro para as empresas, mas sim mudar a vida das pessoas mais simples”, acrescentou.  

O Diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da AHK Rio, Ansgar Pinkowski, afirmou que o Ceará está em estágio avançado na implementação de projetos de hidrogênio verde e enalteceu a integração entre governo, indústria e universidade nesse processo.

“Um valor agregado que o Estado tem é que todo mundo olha em uma só direção. A grande motivação do hidrogênio verde para o Ceará é o desenvolvimento socioeconômico que esse movimento pode trazer no combate à fome e à pobreza”, ressaltou.

Sobre o financiamento, Pinkowski destacou duas iniciativas exitosas na Alemanha, como a obtenção de recursos por meio do Banco de Desenvolvimento KfW e o programa global H2Uppp, que investem em negócios do segmento. “Sabemos que o Ceará está muito avançado e com muita vontade de implementar, por isso é bastante interessante disseminar essas formas para acelerar e fomentar”, completou.

Em palestra durante o evento, Jurandir Picanço comentou sobre o lugar de destaque do Brasil no cenário mundial de energias renováveis e citou potencialidades do Ceará, como o baixo custo de logística e a localização geográfica. Salientou também a necessidade de agilizar a regulamentação da produção de hidrogênio verde.

“Ainda não existe um senso de urgência para regulamentação desse segmento. Já deveria existir, para desenvolver o mercado interno. Por ser uma energia mais cara, precisamos de políticas públicas”.

Já Eduardo Tobias, Sócio da Watt Capital, empresa de assessoria de investimentos em projetos de energias renováveis, liderou painel sobre as opções de financiamento no Brasil, listando bancos comerciais públicos e privados, como o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e o Banco do Nordeste (BNB), e debêntures como principais fontes de crédito.

“O hidrogênio verde é mais caro para se produzir, então é preciso viabilizar investimentos, mas com condições diferenciadas. A ideia é que tenhamos diferentes fontes se complementando para resolver toda a necessidade de capital, naturalmente com a fonte do próprio empreendedor”, explicou.

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