SENAI Ceará certifica 16 mães de crianças assistidas pelo Iprede

“Chorei duas vezes ao lembrar dessa vitória diante de tantas dificuldades”. O relato emocionado é de dona Irismar Souza, de 53 anos, moradora do bairro Edson Queiroz, e uma das 16 mulheres certificadas no curso de Costureira oferecido pelo SENAI Ceará em parceria com o Instituto da Primeira Infância, o IPREDE.

O perfil das novas costureiras é praticamente o mesmo. Mulheres, até então, sem qualificação profissional e submetidas às condições de vulnerabilidade social em nossa capital. Eis, portanto, o motivo do SENAI Ceará estender suas ações de responsabilidade social a essas famílias. O meio profissional para inseri-las em uma atividade econômica não foi escolhido de forma aleatória. “O SENAI Ceará é, tradicionalmente, vocacionado para o segmento do vestuário e moda e, a partir de agora, não temos dúvidas que elas vão querer participar de outras qualificações profissionais e estaremos abertos a essas justas pretensões”, disse a Especialista Técnica em Texto, Vestuário e Moda do SENAI Ceará, Daniele Caldas.

“Foi uma grande alegria fazer parte da construção do projeto “Caminhos do Saber”, essa parceria entre SENAI e IPREDE vai favorecer muitas mulheres, como essas que concluíram o curso de Costureira, mulheres guerreiras que se dedicaram para chegar até aqui, e nós sabemos que foram muitos impedimentos, mas elas perseveraram. Através da capacitação profissional, essas mulheres terão novas oportunidades no mercado de trabalho e acima de tudo na vida, pois o trabalho nos capacita para realizarmos nossos sonhos e sermos livres.” disse a Analista do Núcleo Técnico do SENAI Ceará, Cláudia Mara.

A capacitação foi ministrada pela professora Joana Silva, contratada pelo SENAI Ceará. “É muito gratificante poder fazer parte de histórias tão lindas quanto a destas nossas 16 guerreiras. Hoje, me sinto realizada em poder emprestar parte do meu conhecimento. Há muito caminho pela frente, mas o mais importante já foi dado: o primeiro passo”, disse.

O sucesso do curso teve a imprescindível participação do Iprede, que acolheu as mulheres. A instituição com 37 anos de atuação atende, hoje, 1.350 crianças e mais de 600 autistas. Com emoção, o Presidente e Médico Sulivan Mota classificou a experiência como libertadora. “O curso foi moldado para as nossas costureiras que, com certeza, vão passar a ser referência para um ciclo de várias pessoas. Hoje estamos comemorando um curso que não se materializa apenas em números. É muito gratificante sabermos que estamos proporcionando dignidade para pessoas que, até então, não tinham o menor direito de escolhas – sejam elas de lar, de ocupação e até mesmo de companheiros”, explicou.

Para incentivá-las, o Iprede disponibilizou o dinheiro do transporte, uma das medidas que trouxeram o resultado esperado, segundo a Gerente de Relações Institucionais do Iprede, Joana Clemente. “Elas mostraram uma força de vontade muito grande o que nos orgulha. Todas estão de parabéns e, desde já, são vitoriosas”, finalizou.

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