Em apenas um dia, SENAI Ceará inicia manutenção de cinco respiradores mecânicos

Desde quinta-feira (2/4), três salas de aulas do SENAI Ceará no bairro Jacarecanga foram transformadas, com o objetivo de dar resposta a um grave problema enfrentado pelos hospitais de todo o país: a escassez de respiradores mecânicos no mercado. Enquanto durar a pandemia de coronavírus, a estrutura abrigará uma central de manutenção destes aparelhos, graças a uma força-tarefa encabeçada pela Diretoria de Inovação e Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Ceará). As ações também contam com parceria do Instituto Federal do Ceará (IFCE).

Em parceria com a Secretaria de Saúde do Ceará (SESA), a central conta com a dedicação de 12 colaboradores do SENAI Ceará e de voluntários das áreas de eletroeletrônica, mecatrônica e tecnologia da informação. Em apenas um dia de trabalho, o grupo já diagnosticou o defeito de cinco respiradores, vindos da Região Metropolitana de Fortaleza e do interior do Estado e que, em breve, devem retornar para uso de pacientes com covid-19. A ação é financiada pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e conta com a parceria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e da Universidade Federal do Ceará (UFC).

"O SENAI Ceará faz parte de um comitê que possui 25 pólos de manutenção de respiradores espalhados pelo Brasil. Somos um polo de recebimento, recolhimento, identificação, manutenção e redistribuição", explica o gerente do SENAI Jacarecanga, Elias Pedrosa. Uma estimativa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) é de que hajam cerca de 3.600 respiradores fora de operação por falta de manutenção no Brasil. Cada aparelho pode salvar até 10 pessoas.

A central de ventiladores conta com três salas de aula isoladas e higienizadas, e cada uma delas contempla uma fase do trabalho. A primeira é voltada à triagem e ao diagnóstico primário dos aparelhos; a segunda abriga a manutenção propriamente dita; e a terceira, chamada de sala de testes, destina-se à verificação e certificação dos respiradores. A redistribuição fica por conta da SESA, de acordo com as necessidades da rede de saúde.

"O clima aqui é de corrida contra o tempo. É uma satisfação saber que estamos contribuindo para amenizar uma parte dos problemas causados pelo vírus", disse o docente Klayton Cardoso, docente do SENAI Jacarecanga. 

Produção de máscaras em larga escala

O SENAI Ceará realizará a produção de 1600 produtores faciais apenas nesta sexta-feira (3/4). Ao todo, 30.000 máscaras serão doadas para a Secretaria de Saúde do Ceará (SESA). Todas as unidades do SENAI em Fortaleza, Sobral e Juazeiro do Norte estão envolvidas na produção de máscaras de acetato, equipamentos utilizados pelos profissionais de saúde que estão em contato direto com pessoas infectadas com o coronavírus. A primeira remessa de doações aconteceu na terça-feira (31/3).

Aventais hospitalares e máscaras TNT

O SENAI Parangaba está a todo vapor na produção de aventais hospitalares e máscaras descartáveis de TNT (as mais comuns, encontradas em farmácias) para doação à SESA. Serão produzidos 1000 aventais e 8.000 máscaras. A produção deve durar uma semana e a doação deve ocorrer até 10/4.

(85) 3421.5916 / Av. Barão de Studart, 1980, Aldeota - Fortaleza-CE
© Todos os direitos reservados ao NUMA