Beto Studart publica artigo sobre o novo momento brasileiro

Em artigo publicado hoje (19/7), no jornal O Povo, o presidente da FIEC, Beto Studart, fala sobre uma nova perspectiva econômica. Confira:

Viva o novo momento brasileiro

A aprovação em primeiro turno da reforma da previdência na Câmara dos Deputados legou ao país uma nova perspectiva econômica. Apesar de ter ficado para o segundo semestre a conclusão das votações na Câmara e no Senado, é perceptível a mudança na confiança dos agentes econômicos.

É fato que os resultados advindos com a reforma não deverão ser sentidos de imediato e neste semestre o Brasil poderá amargar indicadores desfavoráveis, reflexo de anos de represamento de investimentos das empresas, dadas as incertezas para com a economia brasileira.

De todo modo, comungo com a visão de empresários e economistas que apostam em um cenário de virada no próximo ano, graças à estabilidade e maior solidez fiscal, o que trará de volta o otimismo e o consequente retorno do investimento para a girar a roda da economia. Como consequência, virão o aumento do emprego, da renda e do consumo das famílias.

Durante minha trajetória empresarial vivenciei várias outras crises econômicas, e posso testemunhar que esta talvez tenha sido a mais dolorosa dos últimos 40 anos. É por isso mesmo que não podemos desperdiçar a oportunidade de fazermos o Brasil avançar em pontos que vão nos tirar definitivamente do atraso.
Refiro-me as reformas tributária e política, e a intensificação de uma agenda para desburocratização. Precisamos aproveitar este momento propício para ampliar as possibilidades favoráveis para a geração de uma agenda ampla para garantir um crescimento sustentável para o país.

As reformas são inadiáveis para a retomada do desenvolvimento, pois com elas o Brasil se abrirá para um novo momento, no qual o governo federal vai elevar o investimento público em áreas centrais, incluindo infraestrutura, educação e inovação, áreas que impactam positivamente na produtividade e competitividade da indústria, dos serviços e do agronegócio.

Precisamos agora, como empresários, assumirmos o chamamento para esse novo instante, no qual é chegada a hora de voltarmos a investir, tirarmos os projetos das gavetas e colocá-los na prancheta para começarmos de novo. Essa será a nossa grande contribuição ao país.